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Operação Ypanema: Gaeco e SSP atuam contra Organização Criminosa

Policiais cumprem 15 mandados de prisão, busca e apreensão no sertão alagoano

Por Ascom SSP 14/10/2020 16h04
Operação Ypanema: Gaeco e SSP atuam contra Organização Criminosa
Foto: Ascom SSP

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Alagoas e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) desencadearam, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (14), a operação Ypanema para prender integrantes de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, no município sertanejo de Santana do Ipanema. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

O procedimento investigatório criminal (PIC) do Gaeco nº 06/2020 teve início em abril deste ano para desarticular uma organização criminosa com atuação no tráfico de entorpecentes e outros crimes correlatos na cidade de Santana de Ipanema. Apontam as investigações do Ministério Público e das polícias que uma mulher é a principal responsável pelo desencadeamento de todas as infrações penais apuradas. Ela assumiu o comando do tráfico após seu marido ter sido preso – ele continua sendo reeducando do Presídio de Segurança Máxima.

O organograma

O processo investigatório também descobriu toda a estrutura da organização criminosa, com o seu organograma detalhado com relação a divisão de tarefas desempenhada por cada um dos membros. Um homem identificado como Sonic, é o gerente e braço direito da líder e, sua esposa, auxilia-o na contabilidade da venda da droga comercializada. Outro indivíduo é quem tem a função de vendedor, além de ser um dos braços armados da organização.

Outro homem é considerado um dos principais vendedores de drogas da organização criminosa. O irmão da líder tem função de vendedor e distribuidor, e ainda auxilia na logística, fazendo o corte do entorpecente, a divisão e a sua posterior distribuição. Um jovem é uma mulher têm o papel de aviãozinhos.

As prisões e buscas deferidas

Ao requerer  as prisões temporárias de todos os investigados, o Gaeco alegou que “a expressão da criminalidade organizada se efetiva pela propagação do terror (com a perturbação do sossego, da paz e da segurança pública), ostensiva distribuição de material ilícito (a exemplo de armas de fogo e substâncias entorpecentes) e o cometimento de roubos, usando como mecanismo de atuação a divisão territorial, o estabelecimento e apologia de doutrina do terror, códigos e procedimentos rígidos de conduta, teologicamente orientados, em forma de verdadeira empresa criminosa”.

As medidas de busca e apreensão também foram deferidas porque tanto o Gaeco quanto a SSP acreditam na grande possibilidade da apreensão de entorpecentes e armas de fogo nas residências dos alvos. “Além de capturar criminosos, a operação também quer retirar de circulação objetos que estejam sendo usados para a prática de crimes”, argumentaram os promotores de Justiça do Gaeco.

Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada foram empregados policiais militares do 7ºBPM e agentes da 2ª Delegacia Regional, da Polícia Civil. 

Todos os presos e materiais que forem apreendidos serão encaminhados para a Delegacia de Santana do Ipanema para a confecção dos procedimentos cabíveis.