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Braskem suspende medidas para fechamento de minas em Maceió
Ações adicionais custariam 3 bilhões a mais à petroquímica
A Braskem comunicou nesta terça-feira, 5, que suspendeu algumas medidas adicionais determinadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) a serem realizadas durante o fechamento de minas instáveis de extração de sal em Maceió.
De acordo com informações da agência Reuters, a empresa não detalhou quais medidas seriam essas, mas ressaltou que tais ações acarretariam em um custo adicional de 3 bilhões de reais à petroquímica.
A suspensão do ofício da ANM ocorreu após o pedido de reconsideração elaborado pela companhia e será válida até a avaliação final dos argumentos técnicos apresentados pela Braskem.
No final de novembro, a petroquímica estimou em 3 bilhões de reais os custos e despesas adicionais para a implementação de medidas cobradas pela ANM. Entre as medidas para o fechamento das minas estava o preenchimento delas com material sólido em determinados poços.
A 'economia', chegou em boa hora para a empresa já que na reta final de 2020, a Braskem praticamente colocou um ponto final nos problemas enfrentados em Alagoas, ao menos do ponto de vista financeiro.
Segundo reportagem do Valor Econômico, os acordos recém-firmados com autoridades do Estado e da União extinguem as ações civis públicas que eram a grande fonte de incertezas quanto ao custo financeiro do evento geológico em Maceió.
Agora, a conta está estimada em R$ 12,7 bilhões, com acréscimo de R$ 1,2 bilhão. No entanto, o débito está bem abaixo dos mais de R$ 30 bilhões reconhecidos pela companhia como perdas possíveis causadas aos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.