Após constatar por meio de exame preliminar o perfeito funcionamento do êmbolo da seringa usada pela profissional de saúde no episódio em que ela não injetou o líquido no braço de uma idosa de 97 ano, durante vacinação contra a Covid-19, o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas vai confeccionar um laudo para enviar ao Ministério Público Estadual (MPE).

“O objetivo desse exame foi averiguar a correta adequação da seringa quanto à expulsão do líquido contido em seu interior,” afirmou a perita criminal Bárbara Fonseca.

Antes de constatar que a seringa usada não apresentava problemas, os peritos criminais analisaram o material contido dentro da caixa coletora onde foi descartada a seringa usada na idosa. “No primeiro exame, constatamos que no interior da caixa estavam depositadas 119 unidades de seringas usadas e descartadas. Desse total, apenas uma dessas seringas possuía líquido em seu interior”, explicou a perita.

O caso

No último dia 28 de janeiro, uma idosa de 97 anos foi levada para ser vacinada contra a Covid-19, em um shopping na parte alta de Maceió. A pedido da família, a cuidadora filmou o momento da vacinação. O problema é que, durante a aplicação, o líquido permaneceu dentro da seringa e não foi introduzido no braço da idosa. No vídeo é possível perceber que a profissional de saúde apenas introduz a agulha, mão não pressiona o êmbolo da seringa. Familiares perceberam o erro e voltaram ao local para que a idosa fosse de fato vacinada. A profissional de saúde foi afastada pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, que também abriu procedimento para apurar o episódio. O Ministério Público Estadual  (MPE) solicitou abertura de inquérito para investigar o caso.