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Moradores do Bom Parto fecham rua e cobram respostas sobre realocação

Populares explicaram que estão isoladas e reclamam da demora para direcionamento de quem ainda mora na área

Por Redação com TNH1 06/05/2021 15h03
Moradores do Bom Parto fecham rua e cobram respostas sobre realocação
Foto: Bruno Potassio

Na manhã desta quinta-feira (06), moradores do Bom Parto bloquearam trecho da Rua General Hermes que dá acesso à Ladeira José Cardoso da Silva para cobrar respostas das autoridades sobre a realocação das famílias que residem na região.

O grupo usou móveis para fechar a pista e fizeram uma barreira humana com cartazes pedindo por Justiça e respeito, com frases direcionadas para a Braskem e para a Defesa Civil.

Dezenas de pessoas explicaram que estão isoladas e reclamaram da demora para o direcionamento das famílias que ainda moram na área afetada pela instabilidade do solo. Os moradores estariam com problemas de saúde por causa da indefinição.

Eles relataram ainda que as casas de um lado da via já foram evacuadas, porém quem tem residência do outro lado ainda mora no local e convive diariamente com a insegurança.

Os manifestantes informaram que iam aguardar a presença da Defesa Civil no local para desobstruir a pista.

Mapa de Ações Prioritárias

A Defesa Civil disse que o Mapa de Ações Prioritárias, que define o espaço de monitoramento e de realocação de lotes, não sofreu alterações nos últimos dias.

O que houve recentemente, e que pode ter sido "mal interpretado" pela população, foi a divulgação do mapa de ilhamento socioeconômico, voltado para os imóveis do Flexal de Baixo, Flexal de Cima e a Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro. 

"A Defesa Civil de Maceió explicou que técnicos do órgão já se reuniram com moradores do Bom Parto na samana passada, quando foi explicado a eles que as áreas do bairro estão sendo monitoradas. Uma nova reunião com o grupo ficou marcada para a próxima semana na sede da Defesa Civil de Maceió. Um novo mapa de ações prioritárias está em fase de estudo pelo órgão, mas ainda sem previsão de divulgação", afirmou o órgão em nota.

Equipes técnicas da Defesa Civil estiveram no bairro durante a manhã de hoje, onde seguem com os estudos.

Braskem responde

A Braskem informou que segue cumprindo o acordo de apoio à desocupação das áreas, firmado no ano passado com as autoridades. A empresa disse que mantém diálogo com os órgãos em busca das melhores soluções para a população dos bairros.

Por fim, a mineradora afirmou que respeita o direito de manifestação pacífica dos moradores. Veja abaixo:

"A Braskem vem cumprindo o acordo de apoio à desocupação de áreas de risco assinado em janeiro de 2020 com o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública da União e Defensoria Pública Estadual. 

A empresa mantém diálogo permanente com as autoridades, na busca das melhores soluções para os moradores e comerciantes atendidos pelo Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação. Em dezembro de 2020, a Braskem assinou um acordo que prevê recursos e tratativas nos aspectos sociais, ambientais e de mobilidade. 

A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera seu compromisso com a segurança dos moradores".