A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento 39/2021 da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, que determina a realização de Audiência Pública para debater o fechamento de agências do Banco do Brasil em diversos municípios do país. O debate foi iniciado após reivindicação do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley.

O documento foi aprovado no dia 28 de abril com subscrição dos Deputados Jorge Solla, Elias Vaz e Leo de Brito. A audiência ainda será agendada e terá um representante do Banco do Brasil e outro da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Na justificativa do requerimento reforça que “a atuação do Banco do Brasil se destaca por sua função social, em especial no âmbito dos municípios. Grande parte das cidades brasileiras dependem da atuação do Banco mencionado, seja porque têm as folhas de pagamento de seus órgãos vinculadas ao Banco, ou pelo fato dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) chegarem pela instituição. Deve ser mencionado, também, que no interior do país grande parte das atividades econômicas e comerciais são realizadas com dinheiro em espécie, como nas feiras populares, por exemplo.”

Em Alagoas, pelo menos 10 municípios terão suas agências ou postos de atendimento do Banco do Brasil fechados se o Banco não reverter a decisão, o que foi repudiado pelo presidente da AMA que levantou a bandeira, junto a CNM e ao Congresso, através da bancada federal do Estado.

“Isto é um retrocesso. O banco deve cumprir o seu papel social. O fechamento das agências e postos é ruim para economia local e durante pandemia estimula ainda mais a aglomeração e a circulação de pessoas entre os municípios, quando no momento o isolamento social é peça fundamental para evitar o contágio”, destacou o presidente Hugo, ao falar que se preocupa também com a segurança do cidadão.

Segundo mapeamento preliminar feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), serão pelo menos 160 unidades em todo país, sendo o Nordeste a região mais afetada.

O presidente da AMA já teve reuniões com a CNM e a diretoria do Banco em ações intermediadas pela coordenadora da bancada alagoana, deputada Tereza Nelma, que teve a participação de vários parlamentares.