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Moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo fecham a Fernandes Lima

Manifestantes estão insatisfeitos com os acordos propostos pela Braskem

Por Redação 08/07/2021 10h10
Moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo fecham a Fernandes Lima
Protesto dos moradores dos bairros afetados pela Braskem - Foto: Douglas Lopes

Na manhã desta quinta-feira (08), os moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo, que foi causado pela extração de sal-gema, fecharam os dois trechos da Avenida Fernandes Lima, no Farol. Segundo informações, eles estão insatisfeitos com os acordos propostos pela Braskem. A manifestação foi organizada pelo Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) em parceria com a Associação dos Empreendedores no Pinheiro e Região Afetada. 

Os manifestantes se reuniram em frente ao prédio do Ministério Público Estadual (MPE) e, por volta das 8h40, bloquearam a Avenida. A previsão é de que o ato ocorra até às 14h.

De acordo com o presidente da Associação dos Empreendedores do bairro do Pinheiro, Alexandre Sampaio, há 15 dias foi protocolado ao Ministério Público Federal um pedido de mediação para rever o acordo, mas até agora nada foi feito. "Pedimos a Braskem que nos respondesse até hoje, e até agora não responderam a nossa reivindicação.", disse.

Sampaio também destacou que, 60 mil moradores, 4.500 empresas e 30 mil trabalhadores estão sendo afetados. "Nós pedimos a sua solidariedade. Se você estiver incomodado com o fechamento e o caos do trânsito, cobre as procuradoras do Ministério Público Federal, cobre aos promotores do Ministério Público Estadual, cobre dos defensores públicos e cobre a Braskem".

Dentre os bairros que foram afetados pela extração de sal-gema estão: Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, além do Alto da Conceição, Flexais e Saem.

Confira a nota emitida pela Braskem

A Braskem apresentou resposta formal à manifestação do MUVB no prazo solicitado, por meio de ofício que também foi endereçado ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual.

O cumprimento do Termo de Acordo é monitorado de perto pelas autoridades signatárias e o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação vem sendo constantemente aperfeiçoado, a partir do processo de escuta à população. Nesta evolução, dois aditivos e 24 resoluções foram firmados entre as partes, para regulamentar e aprimorar aspectos específicos do programa.

Como resultado dessa escuta ativa à comunidade e do aprimoramento constante, o programa registra hoje 7.519 propostas de indenização apresentadas e apenas 26 recusadas. A média de apresentação de propostas é de 630 por mês.

A empresa respeita o direito de manifestação pacífica e reitera seu compromisso com a segurança dos moradores dos bairros afetados pelo fenômeno geológico, propondo e executando as ações necessárias para isso.