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Em Maceió, 29 toneladas de alimentos impróprios são apreendidos em 5 meses
Associação de Supermercados nega a circulação de alimentos irregulares na capital
No último sábado (17), três panificações foram interditadas pela Vigilância Sanitária de Maceió, apresentando condições inadequadas de higiene dos espaços, equipamentos e utensílios, além de má conservação dos produtos utilizados na produção dos pães. No Benedito Bentes, outra equipe apreendeu 650 kg de carnes e outros alimentos. E a prática das fiscalizações tem tirado de circulação, com frequência, um enorme volume de produtos.
Segundo a Vigilância, entre fevereiro e julho desse ano, 29 toneladas de alimentos impróprios para o consumo humano foram apreendidos nas fiscalizações diárias do órgão. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a vigilância aprendeu cerca de 1.500 quilos de alimentos impróprios, houve um aumento percentual de 1833% no número de materiais recolhidos. Segundo a Secretaria de Saúde de Maceió (SMS), os produtos são resultado de 6 mil visitas de inspeção e 4.500 fiscalizações em estabelecimentos comerciais, de mais de 80 segmentos, sendo a maioria supermercados e panificações. Ainda de acordo com a SMS, se consumidos, o perigo dos alimentos estragados é severo. A principal consequência é a infecção intestinal, quadro que pode desencadear complicações e até resultar em óbito. Os estabelecimentos infratores são punidos com multas que variam de R$ 180,00 a R$ 19 mil, dependendo do caso. Quando a situação não apresenta grave risco sanitário, o estabelecimento é apenas notificado para adequações.
ASSOCIAÇÃO NEGA IRREGULARIDADES
Para o presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA), Raimundo Barreto, o alto número de casos têm incluído, erroneamente, produtos que não estão à disposição da compra do consumidor, mas, aguardando a destinação correta, por parte do supermercado.
“Os supermercados de Alagoas não estão comercializando produtos fora da validade. Nenhum desse produtos estão dispostos nas prateleiras. Já tivemos uma reunião, há alguns dias, com a Vigilância e os donos de supermercados sobre isso. O que ocorre é que muitos produtos encontrados nos estabelecimentos estão retirados, já aguardando recolhimento. São produtos e ossadas de carne que não vão para o lixo comum, por isso aguardam para serem retirados, devolvidos ou ressarcidos, e ficam no próprio frigorifico ou estoque dos estabelecimentos durante esse período”, afirma Barreto.
Ele salienta ainda que, junto aos associados e as equipes do Procon estadual e municipal, na capital e em Arapiraca, a campanha “De Olho na validade”, vem buscando estabelecer transparência e confiabilidade com os consumidores. “Os clientes estão sendo orientados a acionar o gerente, e ganham um produto de graça, caso encontrem algo fora da validade em uma prateleira. Isso já está acontecendo. Claro que pode haver casos de irregularidades, mas, todos os nossos associados são orientados e a nossa classe está aqui para zelar pelo consumidor final, com toda a transparência”, defende.