Municípios

Em Igaci, integrantes da vigilância patrimonial são acusados de intimidar moradores

Prefeito Petrúcio Barbosa teria contratado vigilantes de forma ilegal para atuar no município

Por Jornal de Alagoas 17/11/2021 19h07 - Atualizado em 17/11/2021 23h11
Em Igaci, integrantes da vigilância patrimonial são acusados de intimidar moradores
Município de Igaci, agreste alagoano. - Foto: reprodução/Internet

De acordo com denúncia, em Igaci, agreste de Alagoas, integrantes da “vigilância patrimonial”, uma guarda armada sob comando do prefeito Petrúcio Barbosa estariam intimidando moradores da cidade. A acusação diz que o gestor teria contratado, de forma ilegal, vigilantes, policiais e bombeiros para atuar município.

A professora Maria Lúcia Ferraz e seu filho Johnys Ferraz da Silva, ex-vigilante, são um exemplo dos moradores que se sentem ameaçados pelos agentes da guarda, acusando-os de perseguição. Na terça-feira passada (9) Lúcia foi até o Ministério Público Estadual (MPE/AL) em Maceió buscando proteção. Ela conta que o filho já tinha denunciado as ameaças na delegacia local, mas mesmo após dois meses não houveram investigações, apesar de outros casos de agressões sendo relatados na cidade.

"Meu filho fazia parte da segurança da guarda patrimonial e foi ameaçado pelo bombeiro Josemario Martins Rodrigues. Como mãe, estou fazendo de tudo para proteger meu filho e neta", relatou a professora.

De acordo com boletim de ocorrência registrado por Johnys, ele trabalhava no isolamento de um cortejo fúnebre, quando Josemario se aproximou e disse: “coloca as mãos para trás senão atiro em você de onde estou”. Em outro momento, o sargento chamou Johnys para uma sala dentro da sede da guarda patrimonial e o agrediu verbalmente enquanto manuseava uma arma de fogo.

Após essas ocorrências, Lúcia afirma que Johnys foi demitido sem justa causa do cargo de vigilante. Ainda, ela relata que outro integrante da guarda, parceiro de Josemario, um ex-policial militar conhecido por Remi, ronda sua residência diariamente como forma de, para ela, intimidação.

O MPE encaminhou o boletim de ocorrência registrado por Johnys ao Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg). Em seguida, o Conseg irá avaliar a necessidade de proteção dos ameaçados, seja realizando a segurança pessoalmente ou os inserindo em programas de proteção de testemunhas.

O Jornal de Alagoas tentou contato com a Prefeitura de Igaci mas não obteve retorno. O site do município não é atualizado desde o ano passado.