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FPI do São Francisco celebra recuperação de área degradada em Delmiro Gouveia
Local anteriormente degradado hoje é uma área de preservação ambiental
As ações educativas da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco são casos de sucesso. Anos após o primeiro trabalho de fiscalização e educação ambiental desenvolvido no Alto Sertão as iniciativas positivas se propagam por todos os cantos.
Entre elas está a recuperação da área degradada do antigo matadouro de Delmiro Gouveia. Onde antes estava instalado um equipamento público que acumulava uma série de irregularidades sanitárias e ambientais, hoje encontra-se uma área de preservação ambiental.
“Para isso, adotamos uma série de medidas administrativas. Colocamos em prática o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Com ele, demolimos o prédio do antigo matadouro que foi embargado, retiramos as lagoas de materiais contaminantes, os resíduos sólidos e o esgoto que cortava a área. Cercamos o espaço e reflorestamos”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente de Delmiro Gouveia, Marco Diniz.
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) da área do antigo matadouro público aprovado pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) tem prazo de validade de 2 anos e deve ser concluído em 2023.
“O processo para recuperação de áreas degradas não é fácil, mas é possível com muito trabalho, planejamento e dedicação. Ao tornar a área um espaço de Preservação Permanente (APP) pretendemos no futuro criar um parque para que o local possa ser desfrutado pela população”, completa Diniz.
Problemas do passado
Quando a FPI do São Francisco desembarcou em 2016 em Delmiro Gouveia encontrou uma série de problemas no antigo matadouro público. O resultado na época foi o embargo do espaço que servia para abate de animais e uma coleção de multas que somadas chegaram a mais de R$ 773 mil.
O fechamento do equipamento público foi feito pela equipe da FPI após técnicos do IMA e da Adeal constatarem falta de licença ambiental, lançamento de efluentes no meio ambiente e ausência de registro nos órgãos de controle e fiscalização.
A época, os gestores públicos foram atuados após a constatação dos seguintes crimes infrações ambientais: lançamento de resíduos sólidos e líquido in natura (sangue) a céu aberto e em cursos d'água, e, maus tratos de animais.