Municípios
Serviço Geológico Brasileiro vai investigar causas de terremoto em Arapiraca; entenda
Centro de Sismologia da USP registrou abalo de magnitude 2.1 na cidade na última sexta-feira (25)
Nesta terça-feira, 28, a Defesa Civil de Arapiraca informou que iniciará nesta terça-feira, 29, uma investigação que visa identificar o que ocasionou o tremor de magnitude 2.1 que atingiu a cidade no final da tarde dessa última sexta-feira (25).
O coordenador da Defesa Civil de Arapiraca, Lindomar Ferreira, explicou em entrevista ao g1, que a apuração vai contar com o acompanhamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e da Defesa Civil Estadual, além da colaboração da Defesa Civil de Maceió.
Ainda não foi estimado um prazo para a conclusão da investigação.
"A partir de amanhã, vamos iniciar as tratativas, inclusive com equipamentos que, aqui em Alagoas, somente a Defesa Civil de Maceió possui. E aí a gente começa essa investigação para a gente poder precisar uma resposta", disse Lindomar.
Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o tremor foi registrado às 16h34 de sexta-feira. O epicentro aconteceu entre a rodovia AL-115 e o residencial Brisa do Lago.
Lindomar ainda explicou que os dados que existem até o momento são do Centro Sismológico da Universidade de São Paulo (USP) e do Laboratório de Sismologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis).
Os equipamentos fornecidos pela Defesa Civil de Maceió vão coletar mais informações que ajudarão a detectar a causa do abalo sísmico.
"A gente vai instalar os equipamentos na localidade próxima ao epicentro e começar a acompanhar de 15 em 15 dias para ver se houve alguma movimentação de massa ou não, até a gente ter uma resposta", detalhou Lindomar.
Nesse último sábado, 26, a Defesa Civil de Arapiraca fez uma vistoria para identificar possíveis danos em imóveis. "O resultado [da vistoria] é de que, até o momento, não registramos danos causado pelo tremor", afirma Lindomar.
Moradores da região disseram que o tremor poderia ter relação com detonações realizadas pela mineradora Vale Verde, que fica em Craíbas, cidade vizinha a Arapiraca.
A mineradora, por sua vez, negou ter realizado detonações na sexta-feira e afirmou que o tremor não tem ligação com os trabalhados da empresa.
Lindomar explica que ainda não é possível afirmar se o tremor têm relação com as atividades da mineradora. "A gente não pode dar uma resposta nesse momento sobre a causa do tremor ocorrido, somente após as investigações".
Com informações do g1.