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Município no agreste alagoano recebe sete vezes mais que Maceió em royalties de mineração

Craíbas é sete vezes menor em número de habitantes que a capital alagoana

Por Redação* 26/10/2024 14h02
Município no agreste alagoano recebe sete vezes mais que Maceió em royalties de mineração
Município de Craíbas - Foto: Reprodução/Pim Drone

O município de Craíbas no agreste alagoano até o mês de outubro já arrecadou R$ 9,3 em royalties da atividade mineradora. O valor é sete vezes o valor arrecadado pela capital, Maceió.

Segundo o site da Agência Nacional de Mineração (ANM), de janeiro até a primeira semana de outubro deste ano de 2024, Craíbas recebeu de royalties R$ 9.329.108,02. Já Maceió recebeu R$ 1.322.380,15.

Comparado a capital alagoana, Craíbas é sete vezes menor em número de habitantes, Maceió possui 957.916 habitantes, enquanto o município do Agreste possui 25.397 habitantes.

Royalties de mineração referem-se a pagamentos feitos por uma parte, geralmente uma empresa ou indivíduo, a outro, pelo direito de usar uma propriedade intelectual, como patentes, direitos autorais, marcas registradas, recursos naturais ou tecnologias, como forma de compensação pelo uso contínuo ou pela exploração comercial detida pelo titular dos direitos.
Apesar do alto valor recebido pelo município, a Defesa Civil continua sucateada. Os recursos ainda não foram aplicados para equipar a órgão no monitoramento e prevenção de desastres.

A Defensoria Pública da União (DPU), em Alagoas, por meio do defensor regional de Direitos Humanos, Diego Alves, solicitou que a Mineradora Vale Verde estruture, com materiais, tecnologia e equipe, a Defesa Civil do município de Craíbas e da vizinha Arapiraca, para que os órgãos tenham condições de acompanhar os riscos ligados à atividade.

A empresa deve ainda ser impedida de realizar proposta de compra e venda de imóveis do entorno, sem considerar a desvalorização do imóvel por influência da sua própria atividade e sem computar indenização por dano moral, até que sejam concluídos e publicados os estudos técnicos.

Para o defensor, a produção de estudos por instituições e órgãos públicos poderia sanar dúvidas e reduzir o sofrimento da comunidade, que não pode contratar profissionais para a elaboração de laudos técnicos.

*Com informações do Cadaminuto e Davi Salsa Tribuna Independente