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Empresa de mineração que coopera com a Braskem é denunciada por extração predatória em Feliz Deserto

Denúncia foi levada ao MPF após órgão solicitar formalização das queixas contra a Geomineração

Por Gabriel Ricardo* 13/02/2025 09h09
Empresa de mineração que coopera com a Braskem é denunciada por extração predatória em Feliz Deserto
Empresa Geomineração tem atuado em Feliz Deserto há mais de um ano - Foto: Reprodução/MPF

Os moradores do município de Feliz Deserto, localizado no litoral sul alagoano, entraram com uma denúncia no Ministério Público Federal contra a empresa Geomineração, que vem realizando atividades de extração de areia na região com o intuito de comercializar para a Braskem tamponar as minas que causaram danos estruturais em Maceió.

A representação popular solicita que as atividades da Geomineração sejam interrompidas e que a empresa preste esclarecimentos acerca da legitimidade de suas operações na região. 

Os moradores também sustentaram diferentes pontos na denúncia que apontariam problemas nas atividades da mineradora, incluindo riscos ambientais e estruturais como o possível assoreamento do rio Canduípe, o rompimento de uma barragem com detritos da mineradora contendo água da chuva e a criação de focos de Dengue e Chikungunya com as águas paradas em fossos e lagos criados pelas atividades no solo.

Consta ainda no documento, o argumento de um comerciante local que calcula que as movimentações de areia da Geomineração retiram cerca de 1.700 toneladas de areia por dia em aproximadamente 720 viagens de carreta por mês.

Diante disso, os moradores solicitaram intervenção da Defesa Civil Estadual e Municipal junto ao Serviço Geológico do Brasil para aferir os danos provocados pelas atividades. A representação foi ainda assinada pelo Observatório Ambiental/AL, pela BRcidades Maceió e pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

*Estagiário sob supervisão