Um levantamento da Casa Civil e do Ministério das Cidades identificou que 46 municípios de Alagoas apresentam riscos críticos para deslizamentos, enxurradas e enchentes. O estudo, realizado há 10 meses, apontou Maceió como a sexta cidade do Brasil com maior número de áreas suscetíveis a esses desastres, afetando 70.343 pessoas, o equivalente a 7,3% da população da capital. 

Além de Maceió, União dos Palmares é o segundo município alagoano mais afetado, com 16.190 pessoas vivendo em áreas de risco. Outras cidades impactadas incluem São Luiz do Quitunde (7.239), Matriz de Camaragibe (6.384) e Murici (5.478). 

O estudo revelou que, no Brasil, 8,9 milhões de pessoas vivem em áreas vulneráveis a desastres naturais, o que representa 6% da população nacional. O levantamento utilizou dados do Cemaden, do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Águas (ANA) para priorizar obras de prevenção, como contenção de encostas e macrodrenagem. 

“O aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vêm criando um cenário desafiador para todos os países, em especial para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil”, diz o estudo do governo federal.  

Os estados com maior percentual da população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%) e Pernambuco (11,6%). Já o Distrito Federal (0,1%) e Goiás (0,2%) aparecem como as unidades federativas com menor vulnerabilidade. 

O estudo foi solicitado pelo governo para orientar investimentos do Novo PAC, que destinará recursos para infraestrutura e redução dos impactos dos desastres naturais no país.

Com Jornal Extra.