Nacional
Venezuelanos usam rota clandestina para comprar comida no Brasil
A divisória, que reabre nesta segunda-feira (21), às 6h, está bloqueada por causa das eleições do país
Por causa das eleições para presidente na Venezuela, neste domingo (20), a fronteira entre o país e o Brasil teve que ser bloqueada. Para comprar comida e remédio, venezuelanos têm usado, desde a noite de sexta-feira (18), data em que a divisória foi interditada, outros meios clandestinos para ter acesso à nação brasileira. A divisória só será reaberta às 6h desta segunda-feira (21).
Segundo informações do G1, no lado venezuelano da BR-174, que interliga os dois países, somente o tráfego de veículos estava paralisado nesse sábado (19). Horas depois, até o acesso a pé foi interrompido, seja entrando ou saindo da Venezuela. Esse foi um do motivos que fizeram com que imigrantes utilizassem rotas clandestinas entre Roraima e o país governado por Nicolás Maduro.
À procura de alimentos, o venezuelano Carlo Quintano, 50 anos, foi ao Brasil e atravessou a pé de volta para o país de origem. "Precisamos de comida, e se não nos deixam passar pela fronteira, vamos por aqui. Temos que recorrer ao Brasil para não morrer de fome", disse Carlo Quintano.
Fronteira bloqueada
A determinação foi do próprio presidente Maduro, que decidiu interditar a divisa entre países. Questionado sobre o porquê do boqueio, o cônsul-adjunto da Venezuela em Roraima, José Martí Uriana, explicou que a medida de fechar a fronteira é adotada sempre que ocorrem eleições no país como forma de segurança durante o pleito.
"A República Bolivariana da Venezuela, cada vez que tem um processo eleitoral, fecha a fronteira para resguardar a soberania territorial e também para que as Forças Armadas controlem todo território nacional, e isso inclui a fronteira", explicou.