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Governo baixa diesel na bomba, mas greve continua

Proposta não foi aceita pelos caminhoneiros porque governo não garantiu redução por 60 dias, segundo governador de São Paulo

Por Redação com Agência Brasil do Porta do Governo de São Paulo 27/05/2018 20h08
Governo baixa diesel na bomba, mas greve continua
Márcio França, durante entrevista coletiva

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou em entrevista à imprensa que o governo federal concordou em diminuir o preço do litro de óleo diesel em R$ 0,46 na bomba, mas não autoriza que o desconto seja válido por 60 dias. O governo federal concordou, segundo França, em eliminar a cobrança do pedágio para os eixos suspensos dos caminhões em todo o país. Isso será feito ainda hoje por meio de medida provisória em edição extra no Diário Oficial da União.

De acordo com o governador, isso não foi suficiente para assegurar o fim imediato da paralisação. Os caminhoneiros preferiram não se desmobilizar até quinta-feira (31). Em São Paulo, os pontos de bloqueio caíram de 220 para 32.

"Aguardamos que o presidente da República consiga equacionar isso", disse França, após ter conversado com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que está em Brasília. O Palácio do Planalto, onde o gabinete de crise está reunido desde o início da manhã, ainda não se pronunciou sobre o anúncio feito pelo governador de São Paulo. Márcio França admitiu que o governo federal tem dificuldades legais e financeiras para solucionar o impasse. Ele pediu ainda que o Congresso Nacional vote os projetos pendentes sobre valor mínimo do frete e a Lei Geral dos Transportes.

Márcio França deixou  a reunião com representantes de caminhoneiros sem um acordo, na tarde deste domingo. “Não conseguimos encontrar um jeito para que o prazo para o desconto no diesel aumentasse para 60 dias", disse, acrescentando que, segundo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, duas demandas dos caminhoneiros já haviam sido atendidas: o desconto de 41 centavos no preço final do diesel e a retirada, em todo o Brasil, do pedágio no eixo levantado. Depois, ainda citando Marun, disse que o governo conseguiu, nas negociações de hoje, elevar o desconto no diesel para 46 centavos.

O governador disse que 90% dos caminhoneiros que estavam em greve no Estado já se desmobilizaram. Como a greve deve continuar, em razão da falta de acordo em relação ao prazo do desconto, os 10% restantes devem continuar protestando. Antes, eram 13 mil homens em protesto. Agora, são 1,3 mil.

A reunião com caminhoneiros, a segunda em dois dias, ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. O governador de Saõ Paulo chegou declarar de apoio ao movimento,  ao alegar  que os profissionais não conseguem, hoje, ter o mínimo de lucro. “Nenhuma manifestação dura tanto tempo se não houver um fundamento muito forte”,  disse. França disse que tentará falar com o presidente Michel Temer ainda hoje para pedir uma solução para a greve.

Segundo França, o abastecimento de serviços essenciais no Estado não preocupa. Ele disse que há 210 escoltas sendo feitas em São Paulo para levar os produtos necessários aos serviços essenciais. “Tudo o que é nosso serviços essenciais do Estado de São Paulo está abastecido com folga para bastante tempo”, disse.

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