Nacional
Petroleiros vão fazer greve nacional em defesa de redução dos preços dos combustíveis
Em São Paulo, petroleiros antecipam paralisação já a partir desta segunda-feira, 28
Do Sindipetro Unificado SP – Os trabalhadores da Replan, em Paulínia, e da Recap, em Mauá, bases do Sindipetro Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), vão cruzar os braços nesta segunda-feira (28/05), em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e contra a política de reajuste diário do preço dos combustíveis, imposta pelo presidente da empresa, Pedro Parente. Essa política favorece o mercado internacional e prejudica o povo brasileiro.
A paralisação acontece no início dos turnos da manhã, com o corte de rendição, ou seja, o grupo de petroleiros que começa a jornada na noite deste domingo (27) permanecerá dentro da refinaria até o fim do protesto, que poderá durar até oito horas. O Sindicato também espera a adesão em massa do pessoal do setor administrativo, que inicia o expediente de manhã.
Redução do preço dos combustíveis
Os petroleiros exigem a redução do valor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, a manutenção dos empregos e a retomada da produção interna de combustíveis. O Brasil tem petróleo, refino e distribuição, sendo absolutamente desnecessário o aumento das importações de derivados, como tem feito Parente, desde que implantou a nova política de preços. Desde o ano passado, as importações do país cresceram cerca de 25%.
A categoria também protesta contra o desmonte e a privatização do Sistema Petrobrás. Em abril, Parente anunciou a venda de refinarias no Paraná, em Pernambuco, na Bahia e no Rio Grande do Sul, além de dutos e terminais da Transpetro, subsidiária de transporte e logística de combustíveis. “Não aceitamos essa entrega. As quatro refinarias devem permanecer sob o controle da companhia”, declara o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.
Greve Nacional
A Federação Única dos Petroleiros já convocou uma greve nacional de advertência a partir da meia-noite desta quarta-feira, dia 30 de maio. Serão 72 horas de paralisação de trabalhadores do Sistema Petrobrás, em todo o país, reivindicando a queda nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, o fim da entrega da companhia e a saída imediata do presidente da estatal Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país em uma crise sem precedentes.
Nos últimos dias, a direção do Unificado percorreu diversas unidades para conversar com os petroleiros e petroleiras sobre o atual momento político, a importância do engajamento de todos na greve da categoria e as consequências do avanço da política de privatização do governo e da cúpula da empresa.
No Edisp, na quinta-feira, 24, um ato organizado por centrais sindicais questionou a política de preços dos combustíveis. "Explicamos para a população que o aumento do combustível é consequência da política de desinvestimento da Petrobrás, que deixa de produzir nas refinarias para importar o produto e liberar os preços", disse a diretora do Unificado e da FUP, Cibele Vieira.
Devido à rapidez dos acontecimentos, acelerados e lançados nacionalmente com a greve dos caminhoneiros, a direção da FUP se reuniu no sábado, 26, e definiu pela realização de uma paralisação de 72 horas a partir desta quarta-feira, dia 30.
Segundo o coordenador da FUP, José Maria Rangel, "esta greve se faz necessária para denunciar a política irresponsável de Pedro Parente, que está sucateando as nossas refinarias".
A greve, que acontece a partir da zero hora da quarta-feira, pretende pressionar o governo para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da empresa e pela saída imediata de Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedentes.
Nesta segunda-feira, os petroleiros da Replan e da Recap realizam paralisação nas duas refinarias.
Para o coordenador do Unificado, Juliano Deptula, "estamos vivendo uma conjuntura muito dinâmica, devemos ficar atentos e nos manter informado conversando com outros colegas, com diretores do sindicato e acessando nosso site e redes sociais", orientou. Deptula convoca toda a categoria para se engajar nessa luta em defesa dos empregos, da Petrobrás e do Brasil. "Mais do que nunca este é o momento de estarmos unidos".