Nacional
Bancários rejeitam proposta e agências abrem mais tarde nesta sexta
Bancários de Alagoas e de todo o Brasil rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em assembleias realizadas ontem (8/08), e aprovaram o calendário de manifestações do Comando Nacional dos Bancários, que inclui paralisações parciais nas agências/unidades nesta sexta-feira (10), Dia do Basta. Em Alagoas, a proposta dos bancos foi rejeitada por unanimidade.
"A categoria considerou uma ofensa a proposta que cobre apenas a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, sem aumento real, e que tenta excluir diversas conquistas dos trabalhadores. Exigimos aumento real, garantia de emprego, o compromisso de que não seremos substituídos por terceirizados, e que não haja nenhuma redução de direitos", disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos.
Além de não contemplarem o aumento real, a garantia dos empregos e a não terceirização, os banqueiros também querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, sob o pretexto de garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).
"O recado está dado: bancários querem aumento real e não aceitam perder direitos. Não vão aceitar receber PLR menor, nem ser substituídos por trabalho precarizado," afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.
Dia do Basta
Os bancários também votaram pela participação no Dia do Basta, nesta sexta-feira, 10 de agosto. Além de retardar a abertura das agências, a categoria se engajará nas manifestações públicas convocadas pela CUT e demais centrais sindicais. Em Alagoas, o ato público será a partir das 10 horas, no calçadão do Comércio, em frente ao antigo Produban. "Convocamos todos os bancários a participarem do movimento, que é uma resposta aos bancos, ao desemprego e aos ataques contra os direitos dos trabalhadores", enfatiza o presidente do Seec-AL., Márcio dos Anjos.
"A categoria está unida aos demais trabalhadores na luta contra o desemprego que atinge mais de 13 milhões de brasileiros e também contra a retirada de direitos que vem sendo feita pelos golpistas com a aprovação da nova lei trabalhista que libera a terceirização, com o congelamento dos investimentos em saúde e educação e também para defender os bancos públicos contra as privatizações", reforça a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.
Defesa dos bancos públicos
No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra as resoluções 22 e 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília. Estas resoluções determinam que empresas estatais reduzam despesas com a assistência à saúde dos trabalhadores; e limita a 6,5% da folha de pagamento a participação no custeio dos planos de saúde dos funcionários pelas empresas públicas. Isso afeta tanto a Cassi (plano de saúde dos funcionários do BB), quanto o Saúde Caixa.