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Etanol: Fornecedores de cana do NE se reúnem em Recife

Objetivo é juntar forças para amenizar danos com nova cota de importação do biocombustível

Por Assessoria 10/09/2019 12h12
Etanol: Fornecedores de cana do NE se reúnem em Recife
Divulgação

Os dirigentes das entidades que representam os fornecedores de cana dos Estados produtores do Nordeste, reunidos esta semana em Recife, estarão solicitando aos governos estaduais e a União à adoção de medidas capazes de amenizar os prejuízos causados ao setor com a ampliação da cota de importação do biocombustível determinada pelo Governo Federal.

“A primeira medida adotada será cobrar do governo federal uma contrapartida para que possa ser mantida a produção local. Entre as sugestões que serão analisadas para serem encaminhadas estão: criação de subvenção; exportação de açúcar para os Estados Unidos, entre outras opções”, afirmou o presidente da Asplana, Edgar Filho, que participou do encontro promovido pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), na capital pernambucana.

Segundo o líder dos fornecedores de cana de Alagoas, outra medida que ficou determinada é que seja solicitada - a cada governador nordestino - a taxação do etanol importado. “Com isso, seria criada uma barreira que impediria que o esse etanol vindo de fora entrasse aqui no Nordeste, evitando prejuízo na geração de emprego e de renda. Mas, para isso acontecer, todos os Estado teriam que aderir. Neste sentido, cada entidade, na sua base, vai realizar este trabalho junto aos governos”, afirmou.

Semana passada, o governo federal publicou portaria ampliando a cota de etanol importado pelo Brasil, sem taxação, de 600 milhões de litros para 750 milhões. A nova cota, que beneficiaria principalmente os Estados Unidos, representa 36% da produção de etanol de toda a região Nordeste. A portaria do governo federal já está em vigor e tem validade de 12 meses.