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Bovespa cai mais de 2% com cautela por Previdência e desaceleração global
Na véspera, Ibovespa fechou em queda de 0,66%, aos 104.053 pontos
O principal indicador da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em forte queda nesta quarta-feira (2), com o mercado de olho na votação da reforma da Previdência no Senado, e em meio ao aumento do temor de uma desaceleração global.
Às 13h55, o Ibovespa caía 2,9%, aos 101.033 pontos. Veja mais cotações.
Entre as maiores quedas, Vale, Bradesco e Banco do Brasil recuavam ao redor de 3%, assim como Petrobras e Magazine Luiza.
Na véspera, o índice fechou em queda de 0,66%, aos 104.053 pontos. No ano, entretanto, a valorização é de 18,39%.
Cenário interno e externo
Na véspera, o Senado aprovou em primeiro turno na noite desta terça-feira (1º) o texto-base da Preforma da Previdência, por 56 votos a 19. A sessão, entretanto, foi suspensa após aprovação de destaque retirou do texto um trecho aprovado pela Câmara que restringia o pagamento do abono salarial. Com a mudança, a economia em dez anos prevista com a reforma foi reduzida de R$ 876 bilhões para R$ 800 bilhões.
Após a análise de todos os destaques, a proposta ainda terá de passar por um segundo turno de votação, previsto para a próxima semana. O cronograma, entretanto, pode ser atrasado porque alguns senadores argumentam que há um acordo não cumprido e cobram do governo federal contrapartidas ainda não foram efetivadas. É o caso de um acordo sobre divisão de recursos de leilões de petróleo.
Na cena externa, permanecem as preocupações de uma desaceleração global mais intensa em meio à prolongada guerra comercial entre Estados Unidos e China e após dados mostrarem que a atividade industrial norte-americana registrou a maior contração em mais de uma década.
Nesta quarta, o mercado soube que o setor privado dos Estados Unidos adicionou 135 mil empregos em setembro setembro, um número menor do que os 152 mil esperados por alguns economistas.
Esse tipo de dado continua estimulando o mercado a acreditar que o banco central americano tenha que cortar mais os juros, mas isso não significa que há dinheiro disponível para emergentes. Juro menor em economias desenvolvidas, no geral, estimula a procura por maior rentabilidade e migração para ativos mais arriscados, como emergentes, só que essa relação esbarra no crescente medo de recessão global e na dúvida de que os bancos centrais não tenham poder de fogo suficiente para enfrentar o cenário, destaca o Valor Online.
No Reino Unido, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, afirmou que irá apresentar nesta quarta-feira sua proposta final de Brexit à União Europeia.