Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Rádio Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta quinta-feira (2) que a relação com o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta está tão ruim quanto se imaginava.

Nos últimos, presidente e ministro passaram a discordar publicamente sobre as estratégias e medidas adotadas no controle da pandemia de coronavírus no Brasil, a exemplo do isolamento social, com paralisação de vários setores da economia,

“Já sabe que a gente tá se bicando há algum tempo”, disse Bolsonaro ao falar sobre o relacionamento com o ministro. “O Mandetta quer valer muito a verdade dele, está faltando humildade para conduzir o Brasil nesse momento delicado”, complementou durante a entrevista na Jovem Pan..

Apesar da discordância, o presidente afirmou que o ministro não deve ser demitido – ao menos enquanto durar a crise do novo coronavírus no Brasil: “não pretendo demiti-lo no meio da guerra”, disse Bolsonaro, acrescentando que Mandetta “extrapolou”.

“Sempre respeitei todos os ministros, inclusive o Mandetta. Espero que ele dê conta do recado. Tenho falado com ele, não tem nenhuma ameaça, se ele sair bem, não tem problema. Mas nenhum ministro meu é indemissível”, afirmou o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que o ministro deveria “ouvir mais o presidente da República em alguns momentos”.

Reabertura gradual do comércio

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro voltou a criticar a quarentena e também governadores que, ele considera que “exageraram”, a exemplo de João Doria (São Paulo) e Wilson Witzel (Rio de Janeiro).

“Vi o governador do Rio na TV falando ‘fiquem em casa, é uma ordem’. Tá pensando o que? Que é ditadura isso aqui? Não é assim que devemos tratar a população, mas com respeito. Proibir de ir à praia? Na praia está ao ar livre, muito melhor que ficar oito ‘caras’ presos num quartinho”, afirmou.

Acesse neste link a entrevista de Jair Bolsonaro na Jovem Pan: Bolsonaro admite problemas com Mandetta: ‘Está faltando humildade’

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