Nacional

Corpo de Bombeiros identifica causa do incêndio na Cinemateca de São Paulo

Fogo começou em manutenção de ar-condicionado feita por empresa contratada pelo governo federal

Por Redação com G1 30/07/2021 07h07
Corpo de Bombeiros identifica causa do incêndio na Cinemateca de São Paulo
Incêndio aconteceu na noite dessa quinta-feira - Foto: Reprodução

O incêndio que atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (29) , começou em um ar-condicionado que passava por uma manutenção feita por empresa terceirizada contratada pelo governo federal, segundo informações iniciais do Corpo de Bombeiros. Uma faísca teria dado início ao fogo, e a empresa não conseguiu controlá-lo.

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“O incêndio iniciou em uma manutenção de ar-condicionado. Uma empresa terceirizada do governo federal realizando uma manutenção. O principio de incêndio começou em uma das salas de acervo histórico de filmes que fica no primeiro andar. Então essa parte é dividida entre três salas, uma delas com acervo de filmes entre 1920 e 1940 e uma das salas de arquivo impresso, também histórico. Estamos levando o que foi queimado e preservado dentro dessas três salas, provavelmente nada. Porém, no andar térreo tem uma parte grande do acervo histórico que não foi atingida”, disse a capitã dos bombeiros Karina Paula Moreira à GloboNews.

Os bombeiros receberam um chamado de fogo em edificação comercial por volta das 18h na Rua Othão, 290. No endereço há um conjunto de galpões, de cerca de 6.356 m² de área construída, onde parte do acervo da Cinemateca Brasileira é guardado. O incêndio não ocorreu na sede da Cinemateca Brasileira, que fica na Vila Mariana. O fogo foi controlado por volta das 19h45.

A administração do órgão está sob responsabilidade do governo federal, por meio da Secretaria Especial de Cultura, em Brasília. Em nota, a secretaria informou que "todo o sistema de climatização do espaço passou por manutenção há cerca de um mês como parte do esforço do governo federal para manter o acervo da instituição".

No prédio ficavam gravados 1 milhão de documentos da antiga Embrafilme, como roteiros, artigos em papel, cópias de filmes e documentos antigos. Alguns tinham mais de 100 anos e seriam usados na montagem de um museu sobre o cinema brasileiro.