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Anvisa suspende uso de 12 milhões de vacinas envasadas em empresa irregular

A medida é cautelar e proíbe a distribuição e o uso desses lotes porque eles foram envasados em uma planta não aprovada pelo órgão

Por Redação com Folhapress 04/09/2021 17h05 - Atualizado em 04/09/2021 17h05
Anvisa suspende uso de 12 milhões de vacinas envasadas em empresa irregular
Vacinas sendo entregadas em 23 de agosto. - Foto: Divulgação/Secom/GESP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste sábado (4) que adotou medida cautelar para interditar pelo menos 25 lotes da vacina Coronavac, totalizando 12 milhões de doses, proibindo a distribuição e uso de doses envasadas em uma planta - local de fabricação - não aprovada pelo órgão. A decisão tem validade de 90 dias.

A Agência publicará em edição extra do Diário Oficial da União duas resoluções sobre as providências que estão sendo adotadas. Em comunicado sobre a decisão, a agência explicou que recebeu do Instituto Butantan na noite desta sexta (3) a informação de que a unidade responsável pelo envase não foi inspecionada e não foi incluída na autorização de uso emergencial da vacina.

O Butantan informou à agência reguladora que além dos lotes já interditados, outros 17 também envasados no local não inspecionado estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil - eles totalizam mais 9 milhões de doses.

A Coronavac é produzida pelo laboratório chinês Sinovac, parceiro do instituto paulista. Vacinas envasadas em locais não aprovados na autorização de uso emergencial são considerados em produtos não regularizados, segundo a Anvisa.

"[Considerando] o desconhecimento sobre o cumprimento das boas práticas de fabricação da empresa pela Anvisa, indicam a necessidade de adoção de medida cautelar para evitar a exposição da população a possível risco iminente"
, afirmou. As medidas cautelares não têm caráter punitivo, "mas sim, medidas sanitárias para evitar a exposição ao consumo e uso de produtos irregulares ou sob suspeita", segundo o comunicado.

Durante o período de interdição, afirmou o órgão, serão avaliadas as condições de boas práticas de fabricação da planta fabril não inspecionada. Além disso, serão feitas tratativas junto ao Butantan para regularização desse novo local na cadeia fabril da vacina.