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Bolsonaro veta projeto que permitiria a criação de federações por partidos

PLS permitiria que partidos políticos cooperassem entre si e atuassem como uma únicas sigla

Por Redação com Agência Senado 08/09/2021 10h10
Bolsonaro veta projeto que permitiria a criação de federações por partidos
Presidente argumentou que federações atuariam de forma muito parecida às coligações partidárias - Foto: Alan Santos/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), vetou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 477/2015, , que permitiria aos partidos se unirem em uma federação para atuar como se fossem uma legenda única. O veto foi publicado nesta quarta-feira (8) pelo Diário Oficial da União.

O projeto permitiria que partidos políticos cooperassem entre si para se registrarem como uma única sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante períodos de eleição e até o programa político comum.

A Casa Civil se mostrou contrária à ideia. Em sua mensagem de veto, o presidente alega que a proposta aprovada pelo Congresso contraria o interesse público, já que inauguraria um novo formato de atuação partidária parecida com as coligações partidárias. O chefe do Executivo argumentou que em 2017 já foi aprovada uma mudança na Constituição vedando as coligações partidárias nas eleições proporcionais.

A vedação às coligações partidárias nas eleições proporcionais, introduzida pela Emenda Constitucional 97, de 4 de outubro de 2017, combinada com as regras de desempenho partidário para o acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão tiveram por objetivo o aprimoramento do sistema representativo, com a redução da fragmentação partidária e, por consequência, a diminuição da dificuldade do eleitor de se identificar com determinada agremiação. Assim, a possibilidade da federação partidária iria na contramão deste processo, o que contraria interesse público”, argumenta.

O projeto

O PLS vetado surgiu de comissão especial do Senado para discutir uma reforma política , que funcionou em 2015, sob a presidência do ex-senador Jorge Viana (AC). O projeto foi aprovado no mesmo ano, sob relatoria do senador Romero Jucá (RR).

A tramitação da proposta foi encerrada em 12 de agosto deste ano, quando foi aprovada pela Câmara e enviada à sanção presidencial.