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Após ser cobrado a manter ataques ao STF, Bolsonaro pede para seguidores se acalmarem

O presidente disse, sem cita nomes, que cobraram um posicionamento agressivo dele sobre as declarações do ministro Luiz Fux

Por Redação com com informações do Uol 10/09/2021 11h11
Após ser cobrado a manter ataques ao STF, Bolsonaro pede para seguidores se acalmarem
Muitos seguidores criticaram a carta divulgada pelo presidente ao entendê-la como uma 'rendição' - Foto: Janine Moraes/Agência Câmara

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na noite desta quinta-feira (9), que foi cobrado a manter os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e rebater as declarações feitas pelo ministro Luiz Fux, presidente do STF. Na tarde da quarta-feira (8), um dia antes, Fux reagiu às falas proferidas por Bolsonaro durante os atos de 7 de setembro, concluindo que a corte não fechará e nem tolerará ameaças.

Na mesma fala dessa quinta, o presidente também minimizou as críticas que recebeu de apoiadores, após carta divulgada na tarde do mesmo dia, em que adotou um tom mais moderado e diz nunca ter tido a intenção de 'agredir' qualquer um dos Poderes, concluindo ao pedir calma para seus seguidores.

"Queriam que eu respondesse o presidente do Supremo, Fux, que fez uma nota dura. Também usou da palavra o Arthur Lira [PP-AL], [presidente] da Câmara, o Augusto Aras, nosso procurador-geral da República. Alguns do meu lado aqui vieram até com o discurso pronto: 'Tem que reagir, tem que bater'. Calma, amanhã a gente fala, deixa acalmar para amanhã", disse o presidente, durante sua live semanal.

Bolsonaro também citou uma queda de 2% no dólar comercial e uma alta de 1,72% registrada no Ibovespa após a divulgação da carta, que redigiu com ajuda do ex-presidente Michel Temer.

"Nós temos que dar exemplo aqui em Brasília. Por mais que eu ache que você está fazendo a coisa errada, dá um tempo, deixa acalmar um pouquinho. Comecei a preparar uma nota... Telefonei ontem [quarta-feira] à noite para o Michel Temer, ele veio a Brasília, por dois momentos conversou comigo aqui, pouco mais de uma hora. Ele colaborou com algumas coisas na nota, eu concordei e publiquei. Não tem nada de mais ali.", conclui Bolsonaro.