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“Se quiser nudes, me chama no zap”: jovem é investigado por publicar foto de partes intimas da ex-namorada
Homem foi indiciado pelos crimes de divulgação de fotografia de nudez sem o consentimento da vítima e de falsa identidade
Nesta quarta (06), foi deflagrada pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) a operação Bad Boyfriend (iniciada em julho deste ano), para cumprir mandado de busca e apreensão expedido contra um jovem, de 22 anos. o acusado é investigado por divulgar fotos íntimas da ex-namorada e criar perfis falsos com fotos dela em redes sociais.
Após a vítima registrar uma ocorrência noticiando que teve um relacionamento amoroso com o autor durante um ano e meio, tempo no qual ele sempre se mostrou uma pessoa excessivamente ciumenta e possessiva. Segundo relatos, apesar de nunca ter agredido fisicamente a jovem, ela alegou que já havia sofrido agressões verbais e psicológicas.
A vítima relatou também que deu fim ao relacionamento, porém o autor nunca aceitou término. No início de julho, por meio da plataforma Omegle, o homem começou a conversar com vários indivíduos do sexo masculino, passando-se pela vítima, tendo postado a seguinte mensagem: “Oi, tenho 21 aninhos, se quiser nudes, me chama no zap”. Na ocasião, o rapaz postou o verdadeiro telefone da vítima, fazendo com que a jovem passasse a receber centenas de mensagens de homens desconhecidos.
Por fim, a vítima informou que o autor postou no seu próprio status do WhatsApp uma foto da vagina da vítima, que, ao questionar o motivo da exposição, ele respondeu: “Vou ‘fuder’ com sua vida”.
Na busca realizada na residência do investigado, em Taguatinga Sul, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e algumas pequenas porções de drogas, adquiridas para consumo pessoal.
No celular do suspeito, foram localizados vários arquivos (fotos e vídeos) íntimos da vítima e do casal, entre os quais a fotografia divulgada em seu status do WhatsApp. Pelos atos praticados, o autor foi indiciado pelos crimes de divulgação de fotografia de nudez sem o consentimento da vítima e de falsa identidade. Somadas as penas podem alcançar nove anos de prisão.