Nacional
Representantes dos caminhoneiros criticam privatização da Petrobras
Para alguns dos representantes, a privatização é vista mais como uma tentativa do mandatário de se livrar da culpa
Representantes de entidades ligadas aos caminhoneiros autônomos criticaram a ideia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de privatizar a Petrobras como tentativa de controlar a alta dos combustíveis.
"Isso seria um crime não só contra os motoristas de caminhão, mas também contra o povo brasileiro", disse Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL).
"O que o presidente quer é lavar as mãos", avalia o presidente da CNTTL. "Se ele não pode intervir agora, na eventualidade de a Petrobras passar para as mãos dos empresários aí é que não vai poder fazer nada mesmo."
Para Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Bolsonaro cita a privatização como oportunidade para tirar o governo do centro das críticas.
"É mais uma vez transferência de responsabilidade, ele quer culpar outro", acredita Chorão.
O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias, se diz "100%" contrário à privatização da Petrobras.
"Se isso acontecesse, claro que não baixaria o preço do combustível, quem comprar vai querer ter lucro", afirma Plinio. "Se Bolsonaro não manda na Petrobras, ele que entregue o cargo."
Os representantes da classe anunciaram greve para o 1º de novembro.