João Doria, governador do estado de São Paulo, está em Glasgow, na Escócia e, discursou durante o primeiro dia da COP26 (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas). Dória colocou destaque à uma importante bandeira de sua administração que é a despoluição do Rio Pinheiros. Disse ainda que São Paulo está comprometido com as metas estabelecidas no Acordo de Paris, principalmente em relação à redução de emissão de gases de efeito estufa.O governador disse: “O Estado de São Paulo, foi o primeiro na América Latina a aderir às campanhas da ONU por meio de decreto”. Acresentou ainda que:

“Nossa participação na COP marca a posição de São Paulo como um governo subnacional que respeita o meio ambiente e assume compromissos de combate às mudanças climáticas. Prova disse é a adesão do Estado as campanhas ‘Race to Zero’ e ‘Race to Resilience’. Seguimos com a meta de despoluir o Rio Pinheiros e reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2050, além de restaurar mais de 800 mil hectares de vegetação nativa em sintonia com o desenvolvimento das atividades produtivas do agronegócio. Estamos seguindo bons exemplos de outras potências mundiais como o Reino Unido, que tem sido um importante parceiro diplomático”.

Ao lado de Doria no painel Susan Aitken, líder do conselho da cidade de Glasgow, Frank Cownie, prefeito da cidade de Des Moines, no estado americano de Iowa, Ryuzo Sugimoto, ministro do Meio Ambiente do Japão, e Bernard Barth, diretor do Programa das Nações Unidas para os assentamentos humanos. Yunus Arikan, diretor de política global e advocacia do Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade, na sigla em inglês), mediou o debate.

Participação do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro não participou presencialmente da COP26 porém, o país foi representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite que anunciou nova meta climática, com redução de 50% das emissões até 2030. Bolsonaro enviou um vídeo gravado que foi exibido antes da fala de Leite afirmando que o Brasil é uma potência verde.

O ministro não apresentou o número real dessa nova redução prometida. É a terceira vez que o Brasil refaz a meta climática em menos de um ano, falando apenas em porcentagens não apresentando o quanto deverá ser a redução real nas emissões dos gases de efeito estufa para esta década.