Nacional
Ministro da Educação diz que houve tentativa de "politizar" o Enem
Milton Ribeiro também negou interferência por parte do governo federal nas questões da prova
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou em entrevista nesse domingo (21) que o governo não interferiu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. O titular da pasta disse, como exemplo, que se o governo tivesse interferido na prova, algumas das perguntas que apareceram nesta edição não estariam presentes.
“Sobre a cara do governo, vocês puderam notar que segue o mesmo padrão nas provas, em nenhum momento podemos discutir quando analisar as questões. Isso foi uma narrativa, tentaram politizar a prova. Não teve nenhuma interferência. Talvez se tivesse, algumas perguntas talvez não estariam ali”, disse.
Ribeiro não se aprofundou sobre quais questões se referia. A primeira fase do Exame ocorreu nesse dia 21 de novembro e teve uma forte abordagem em temáticas sociais como a sexualização da mulher, racismo, povos indígenas e população carcerária.
Polêmicas no Enem
O Enem, assim como a pasta da Educação nacional, vem passando por uma crise que se instalou nas últimas semanas. Como no dia 8 de novembro, quando 37 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com cargos ligados à aplicação do Exame pediram demissão e acusaram o Instituto de tentar interferir nas questões da prova.
Outra polêmica em relação à prova foi a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando o mesmo afirmou em sua visita à Dubai que o Enem estaria supostamente "a cara do governo" e não repetiria “absurdos” do passado. A fala do presidente foi duramente criticada e foi usada por políticos opositores e figuras da Educação como um indício de interferência política nas provas.