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Governo exigirá quarentena de 5 dias para viajantes não vacinados

Decisão veio após o a rejeição do 'passaporte da vacina'

Por Redação com G1 07/12/2021 18h06
Governo exigirá quarentena de 5 dias para viajantes não vacinados
Ministros da Saúde, Marcelo Queiroga - Foto: Reprodução

Foi anunciado nesta terça-feira (07), que governo federal pedirá quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados que saiam de outros países e desembarquem no Brasil. Segundo o governo, a ideia é promover uma "reabertura das fronteiras" brasileiras em razão do alto nível de vacinação da população.

Essa "reabertura" citada atende apenas parcialmente às recomendações que vêm sendo reforçadas há mais de um mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O órgão defende maior restrição no acesso de estrangeiros ao país e a exigência de um certificado de vacinação completa contra a Covid – o chamado "passaporte da vacina" – como alternativa à "autoquarentena". No pronunciamento, os representantes do governo não fizeram qualquer menção à exigência desse documento.

Segundo Queiroga, a decisão do governo foi por adotar duas medidas:

° exigir teste negativo do tipo RT-PCR, realizado até 72 horas antes, para os passageiros que venham do exterior e desembarquem no Brasil;

° exigir quarentena de cinco dias para os indivíduos não vacinados que cheguem ao país, seguida de um teste RT-PCR. Se o resultado for negativo, o passageiro é liberado para transitar em solo brasileiro.

"É necessário defender as liberdades individuais, respeitar os direitos dos brasileiros acessarem livremente as políticas públicas de saúde. E é assim, como falou o ministro Ciro Nogueira [Casa Civil], que já conseguimos imunizar com as duas doses cerca de 80% da população brasileira acima de 14 anos, a nossa população vacinável, mais de 175 milhões de habitantes", declarou o ministro da Saúde.

"Nós nos reunimos diversas vezes para buscar uma tomada adequada de decisão. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS), a respeito da variante ômicron [...] já se pronunciou a esse respeito, dizendo da responsabilidade que se deveria ter ao impor restrição a cidadãos que eventualmente não tomaram as suas doses de vacina", afirmou Queiroga.


"Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições. Até pq já se sabe que infelizmente a vacina não impede transmissão", prosseguiu o ministro.

No entanto, o ministro não apresentou a íntegra do argumento defendido pela OMS. A organização também pediu aos países que aumentem a capacidade de seus serviços de saúde e vacinem sua população para combater o aumento de casos provocados ​​pela variante ômicron.

A organização disse também que as restrições às viagens podem ganhar tempo, mas que por si só não são a resposta.

"A [variante] delta é responsável por 99% das infecções em todo o mundo", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan. "Ela teria que ser mais transmissível para competir e se tornar dominante em todo o mundo. É possível, mas difícil de prever."