Nacional
Traficante assume mortes de crianças desaparecidas no Rio de Janeiro
Investigação obteve relatos através de interceptação de ligações telefônicas e áudios de traficantes
Prestes a completar um ano do desaparecimento de três meninos em Belford Roxo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a investigação da Polícia Civil, através de interceptação de ligações telefônicas e áudios de traficantes da comunidade local conhecida como Castelar, obteve relatos de que os meninos teriam sido torturados e mortos pelos criminosos.
Segundo uma testemunha, ela teria ouvido que o gerente do tráfico do Castelar, identificado como Wille de Castro, assumiu o assassinato das crianças, que teriam roubado passarinhos de um parente do criminoso.
“Nós pegamos as crianças, matamos elas, elas estavam roubando no morro, pegaram o passarinho do meu tio para vender na feira”, seria a fala do traficante de acordo com o relato dessa testemunha ao jornal O Dia.
Ainda de acordo com a reportagem do jornal, a polícia teria descoberto que os meninos foram vítimas de uma sequência de espancamentos. Um dele morreu durante a sessão de tortura e os outros dois foram mortos em seguida.
Os primos Alexandre da Silva, 10, Lucas Matheus da Silva, 8, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11 anos, estavam desaparecidos desde dezembro de 2020.
Nessa quinta-feira (09), foi realizada uma operação para cumprir 56 mandados de prisão expedidos pela Justiça e prender envolvidos no caso. Até as 10h30, 31 pessoas estavam presas – 15 delas já no sistema penitenciário. Dois dos presos foram detidos em flagrante.