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Chefe de gabinete do governador do Acre é presa durante operação Ptolo da PRF

De acordo com informações repassadas pela corporação, a ofensiva mira suposto conluio entre servidores, que, depois da primeira fase da operação teriam praticado atos voltados à obstrução das apurações

Por Redação com Terra 22/12/2021 16h04
Chefe de gabinete do governador do Acre é presa durante operação Ptolo da PRF
Polícia Federal do Acre deflagrou na manhã desta quarta-feira, a 2ª fase da Operação Ptolomeu, que investiga corrupção e lavagem de dinheiro - Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta (22), a Polícia Federal prendeu preventivamente a chefe de gabinete do governador do Acre, Rosângela Gama, durante nova fase da  Operação Ptolomeu - investigação que apura supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a cúpula do Executivo do Estado.

De acordo com informações repassadas pela corporação, a ofensiva mira suposto conluio entre servidores, que, depois da primeira fase da operação - que fez buscas contra o governador Gladson Cameli (PP) - teriam praticado atos voltados à obstrução das apurações, "na tentativa de destruição de provas essenciais para a continuidade" das investigações.

Quando a operação foi inicialmente aberta, na quinta-feira (16), com ordens expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça, que, abriu um inquérito específico para apurar suposto crime de obstrução de investigação de organização criminosa, foram executados pela PF 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão nas cidades de Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Manaus (AM) e Brasília (DF), sendo vasculhados inclusive o escritório do governador, o Palácio Rio Branco (sede do governo estadual) e a Secretaria da Casa Civil.

Os investigadores informaram que o "grupo criminoso, controlado por empresários e agentes políticos ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos".

Segundo a PF, as apurações reuniram "vasto conjunto de elementos probatórios que demonstram o aparelhamento da estrutura estatal, com a finalidade de promover diversos crimes contra a administração pública".

Na ocasião, a ministra Nancy Andrighi, do STJ, determinou o bloqueio de cerca de R$ 7 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de veículos de luxo que teriam sido "adquiridos com o proveito dos crimes".