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Mãe diz que funcionária a pressionou a não vacinar a filha: "um terrorismo"

Segundo ela, a funcionária deixou claro que era contra a vacinação infantil

Por Redação com G1 25/01/2022 13h01
Mãe diz que funcionária a pressionou a não vacinar a filha: 'um terrorismo'
O Ministério Público informou que vai investigar o caso - Foto: Nelson Almeida/AFP

Uma mãe que foi vacinar a filha em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, relatou ter sido pressionada a desistir da vacinação. Em reportagem exibida no RJ1 nessa segunda-feira (24), foi mostrado que a secretaria de saúde local está cobrando que os pais ou responsável legal assinem um termo de responsabilidade, o que é irregular.

"Vacinei minha filha semana passada. Contrariada, assinei o bendito termo. Depois fui levada para uma sala com mais 3 pais com seus filhos, onde - a portas fechadas - a agente de saúde leu trocentas reações adversas que poderiam acontecer", relatou.

“A cereja do bolo foi quando uma mãe perguntou se ela vacinaria o filho dela e ela deixou implícito que não vacinaria o filho. Foi horrível, um terrorismo. Minha filha tomou a vacina e não teve reação nenhuma. Está linda e feliz por ter tomado a vacina", continuou.

O ato de cobrar um termo de responsabilidade é irregular e não está presente nas normas do Ministério da Saúde. O ato está inclusive impactando diretamente na adesão à campanha de vacinação na cidade, que tem doses de vacina sobrando.

Uma nota técnica do Ministério da Saúde sobre a vacinação contra Covid de crianças de 5 a 11 anos prevê o termo de assentimento por escrito, mas apenas quando os pais não estão presentes.

O Ministério Público informou que vai investigar o caso e instaurar um inquérito para apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis.