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Garimpo cresceu 632% em terras indígenas de 2010 a 2021, diz estudo
Levantamento mostra que 91,6% da área garimpada no Brasil se encontra no bioma amazônico; Pará e Mato Grosso concentram 91,9% da atividade
Levantamento mostra que entre os anos de 2010 e 2021, a atividade do garimpo ilegal avançou 632% nos territórios dos povos originários. A área ocupada se aproximou dos 20 mil hectares no ano passado, segundo números foram divulgados pelo MapBiomas nesta terça-feira (27).
O estudo aponta que o território mais atingido pela atividade de garimpo foi o Kayapó, entre os estados do Pará e do Mato Grosso, no qual 11.542 hectares foram tomados até o ano passado. Em seguida aparece a terra Munduruku, com 4.743 hectares, a terra Yanomami, com 1.556 hectares, a Tenharim do Igarapé Preto, com 1.044 hectares, e o território Apyterewa, com 172 hectares.
O garimpo no Brasil dobrou em apenas uma década. De acordo com o MapBiomas, a atividade passou de 99 mil hectares, em 2010, para 196 mil em 2021.
Levantamento realizado pelo MapBiomas aponta, também, que a maior concentração de garimpo está nos estados do Pará e do Mato Grosso, com 91,9% da atividade. A mineração industrial precisou de duas décadas para ver os 86 mil hectares de área ocupada no ano de 2001 dobrarem para os 170 mil hectares registrados no ano passado.