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Operação da PF prende bolsonaristas suspeitos de atuar em noite de vandalismo em Brasília

Prisões começaram no fim de quarta; ação com 32 medidas é deflagrada na manhã desta quinta por ordem de Alexandre de Moraes, do STF

Por Folha de São Paulo 29/12/2022 10h10 - Atualizado em 29/12/2022 10h10
Operação da PF prende bolsonaristas suspeitos de atuar em noite de vandalismo em Brasília
Bolsonaristas atearam fogo em ônibus - Foto: Reprodução

A Polícia Federal começou na tarde desta quarta-feira (28) as primeiras prisões de suspeitos de participação na tentativa de invasão ao prédio da corporação e nos atos de vandalismo que resultaram em incêndios a carros e ônibus em Brasília, no último dia 12.

Quatro pessoas já foram presas, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A ação é resultado dos inquéritos abertos pela PF e pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Um dos procurados é Alan Diego Rodrigues, suspeito de ter instalado uma bomba em um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília no sábado (24).

As medidas fazem parte de uma operação maior deflagrada na manhã desta quinta (29), com um total de 11 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão.

A operação ocorre no DF e em mais sete estados: Pará, Tocantins, Ceará, Rio, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. A Polícia Civil do DF também participa da operação, batizada de Nero.

A presa em Brasília é identificada como Klio Hirano. Nas redes sociais, ela tem diversas postagens publicadas em acampamento em frente ao QG do Exército, onde manifestantes pedem uma intervenção das Forças Armadas para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ela ainda fez um vídeo em frente à sede da Polícia Federal no dia do vandalismo no DF. Na gravação, ela pede que "defensores da pátria" sigam ao local. "É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está tando procurando", diz.

No Rio, a pessoa detida foi Átila Mello. Ele foi preso no município de São Gonçalo.

Os ataques à sede da PF e a veículos estacionados nas ruas do entorno do prédio ocorreram naquela noite do dia 12 de dezembro após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.