Nacional
Ex-auxiliar de Bolsonaro, Mauro Cid depõe nesta quinta à PF sobre fraude em cartões de vacina
Tenente-coronel do Exército foi preso há 15 dias em operação que apura inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Registros fraudulentos de vacinação da Covid-19 teriam beneficiado Jair Bolsonaro e filha, além de Cid e familiares.
A Policia Federal vai ouvir nesta quinta-feira (18) o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para o inquérito que apura um suposto esquema de fraude nos cartões de vacina contra a Covid-19. Os registros teriam beneficiado o então presidente Bolsonaro e a filha, além de Cid e familiares.
Segundo investigadores, foi inserida de forma irregular no sistema do Ministério da Saúde a informação falsa de que Bolsonaro e a filha haviam tomado doses da vacina. O ex-presidente, Cid e outras pessoas próximas são investigados pela suposta inclusão dos dados.
Ainda segundo a PF, comprovantes de que eles tomaram a vacina foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do ministério, com base nas informações falsas. Em seguida, o registro das vacinas foi apagado do ConecteSus.
Tudo isso aconteceu no fim de dezembro, poucos dias antes de Bolsonaro, a filha e pessoas próximas terem viajado para os Estados Unidos. A PF acredita que as informações falsas tenham sido inseridas para beneficiar Bolsonaro e a família e facilitar a entrada nos Estados Unidos.
Em depoimento na última terça (16), Bolsonaro negou ter conhecimento de qualquer participação de Cid no esquema. Também negou ter orientado ou ordenado a fraude nos registros de vacinação.
O ex-presidente atribuiu a gestão de sua conta do aplicativo ConecteSUS ao ex-ajudante.
Além de Bolsonaro e da filha, a investigação da PF apontou que foram emitidos certificados de vacinação fraudulentos para Mauro Cid, a esposa de Cid — que deve prestar depoimento na sexta (18) — e três filhas do ex-ajudante de ordens.
Segundo o blog da Andréia Sadi, a PF já concluiu a perícia de um celular apreendido com Mauro Cid e o material deve servir para novos questionamentos nesta quinta.
*Com G1