O indígena Erivaldo Moriman foi atacado por uma onça pintada nas margens do rio Juruena em uma região conhecida como Salto do Augusto, próximo à Aldeia Matrinxã, onde reside, no município Cotriguaçu (a 954 km ao norte de Cuiabá). O indígena recebeu mais de 150 pontos na cabeça e nas costas. O caso aconteceu no domingo (13), mas teve repercussão dias depois.

Conforme o relato de Erivaldo para a TV Nativa, ele foi atacado por volta das 06h30, em uma ilha em que acampava com os sobrinhos de 15 e 18 anos e um primo. Logo cedo ele foi ao outro lado da ilha, quando retornou se deparou com a onça pronta para atacar os adolescentes, como reação ele gritou e foi atacado pelo animal.

“Ela largou os meninos e veio para cima de mim, quando ela veio para cima de mim eu gritei para os meninos que a onça ia me pegar, quando eles olharam ela já tinha me pegado, eu tinha grudado no braço dela atrás do pau e fiquei segurando, eu fui inventar de correr e no que eu fui correr ela atacou de novo ai aconteceu que ela me pegou, ela não me “zunhou” (arranhou) ela me mordeu mesmo na cabeça”, conta Erivaldo.

Mesmo assustado, ele lutou com o animal. "Foi muito difícil da gente ver isso acontecer, viver isso, ter que abraçar uma onça isso ninguém acredita mais foi verdade”, destacou o indígena.

De acordo com as informações, o local em que a vítima acampava com a família fica à mais de 30km da aldeia em que reside, e por isso foi necessária uma viagem de quase duas horas de barco, até chegar em uma pista de avião particular de uma pousada. Logo após, Erivaldo foi socorrido e recebeu os primeiros socorros por um médico que estava hospedado no local, a viagem até Alta Floresta, no Nortão, durou mais de três horas até a chegada no hospital Hospital Regional Albert Sabin, a 400 km do local.

Apesar dos ferimentos principalmente na região da cabeça, Erivaldo recebeu alta na noite de segunda-feira (14).