Nacional

CPI dos Maus-Tratos ouvirá envolvidos no caso de cachorro morto a tiros por PM

A oitiva contará com a presença do Ministério Público, OAB, Polícia Civil e representantes oficiais da causa animal

Por Redação* 12/09/2023 15h03
CPI dos Maus-Tratos ouvirá envolvidos no caso de cachorro morto a tiros por PM
Cachorro Churros foi baleado com três tiros na frente da dona e crianças - Foto: Divulgação

Os envolvidos no caso do cachorro assassinado a tiros por um policial militar reformado, em Guarapari, no Espírito Santo, serão ouvidos nesta quarta-feira (13) na CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais, que acontece na Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

Foram convocados para a oitiva: Anderson Carlos Teixeira (acusado), Iasmin Lima Peçanha Avelar (tutora do animal) e João Gabriel da Rocha Pereira (médico veterinário e testemunha). De forma online também participarão o deputado federal, Fred Costa, autor da lei Sansão (lei federal contra maus-tratos a animais) e o delegado e deputado federal Bruno Lima, conhecido nacionalmente pela atuação na causa animal.

No último sábado (9), a tutora do cachorro da raça Golden Retriever, chamado Churros, passeava com o animal e mais três crianças em uma rua na Praia do Morro. O cão teria latido e pulado em um policial que passou no local.

O subtenente reformado da Polícia Militar de Minas Gerais, Anderson Carlos Teixeira, de 52 anos atirou no cachorro e alegou que estava se defendendo.

Churros foi socorrido pela família, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A Polícia Militar foi chamada e o suspeito levado para a delegacia, autuado por maus-tratos a animais e depois liberado na audiência de custódia, mas não pode sair da Grande Vitória nem usar arma de fogo.

A tutora do cachorro assinou um termo circunstanciado porque o cachorro estava sem coleira. Ela disse que o cão é dócil e saía pouco de casa. As crianças, de 12, 9 e 1 ano de idade, estão traumatizadas com a cena que presenciaram.

“A equipe da CPI dos maus-tratos contra os animais está em busca de imagens e testemunhas. Os envolvidos estão sendo convocados para uma oitiva com a presença do Ministério Público, OAB, Polícia Civil e representantes oficiais da causa animal. Nós vamos reunir mais elementos sobre esse caso, entender tudo que aconteceu, para que não fique impune”, afirma a deputada Janete de Sá, que irá presidir a CPI.

*Com informações do Folha Online