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Vídeo: pancadaria em Câmara de Vereadores interrompe audiência pública; assista
O objetivo do encontro era levantar as demandas da região para definir eventuais recursos para o orçamento do ano que vem
Uma audiência pública para discutir o orçamento para 2024 acabou em pancadaria na Câmara Municipal de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, na noite dessa quinta-feira (28/9). Deputados, vereadores e moradores da cidade participavam da sessão.
A audiência foi um evento da Assembleia Legislativa (Alesp) na cidade. O objetivo do encontro era levantar as demandas da região para definir eventuais recursos para o orçamento do ano que vem. Entre os deputados presentes estavam dois representantes locais: Eduardo Nóbrega (Podemos) e Analice Fernandes (PSDB).
Testemunhas registraram o início da confusão, protagonizada por apoiadores do prefeito Aprígio (Podemos) e do ex-prefeito Fernando Fernandes (PSDB), marido da deputada Analice. Os grupos de Aprígio e do casal Fernandes são considerados rivais em Taboão.
Segundo testemunhas, as provocações ocorreram dos dois lados, quando representantes de cada grupo eram chamados a discursar. Houve vaias e gritos.
Tanto o deputado Eduardo Nóbrega quanto Analice Fernandes foram interrompidos em seus discursos. O presidente da Comissão, Gilmaci Santos (Republicanos), pediu reiteradas vezes que os militantes respeitassem os ocupantes da tribuna, sem sucesso. Quando a situação pareceu sair do controle, Gilmaci decidiu encerrar a sessão.
A medida, contudo, exaltou ainda mais os ânimos e houve um empurra-empurra generalizado
Guardas municipais entraram em cena para tentar conter a briga, que só terminou do lado de fora da Câmara, quando a Polícia Militar (PM) foi acionada.
A sessão, que começou às 18h, deveria ouvir a população local sobre as necessidades de investimentos em Taboão da Serra, mas o debate sequer começou.
Nota da prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Taboão da Serra informou que servidores da Alesp, que prestam serviços ao casal Fernandes, “protagonizaram uma série de atos agressivos e violentos, ameaçaram o prefeito e o secretário de Governo, Mário de Freitas, de morte”. Segundo a prefeitura, Aprígio e Freitas registraram boletins de ocorrência.
A prefeitura disse repudiar a ação e lamentou o episódio. “O prefeito Aprígio e seu secretariado manifestam compromisso e apoio com a democracia, a liberdade de expressão de seus munícipes e expressam veemente repúdio a todos os atos ocorridos e à depredação das instalações da Câmara Municipal.”
O que diz o casal Fernandes
A assessoria de imprensa da deputada Analice Fernandes rebateu a versão da Prefeitura de Taboão. “O prefeito levou uma claque para fazer ataques gratuitos à deputada e seu marido, desrespeitando quem compareceu à audiência para discutir as necessidades da cidade”, informou a assessoria.
“A deputada fez um discurso cordial, em que inclusive cumprimentou o prefeito, mas foi hostilizada e interrompida o tempo todo”, disse a assessoria. Durante a confusão, a parlamentar e sua chefe de gabinete ficaram machucadas. Segundo a assessoria, o boletim de ocorrência está sendo registrado nesta sexta-feira (29/9).
Investigação policial
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que “a Polícia Civil investiga um caso de lesão corporal contra três pessoas, de 43, 59 e 61 anos, ocorrido na noite de quinta-feira, no bairro Jardim Henriqueta. Guardas civis municipais foram acionados para uma confusão generalizada ocorrida na Câmara Municipal de Taboão da Serra”.
“No local, eles encontraram as vítimas feridas e as conduziram até a delegacia, onde foram ouvidas e encaminhadas à UPA para atendimento médico. Foi requisitada perícia ao local dos fatos e exames de IML às vítimas. Foram solicitadas imagens das câmeras de segurança. O caso foi registrado como ameaça, lesão corporal e dano no 1° DP de Taboão da Serra”, disse a SSP.
A Câmara Municipal de Taboão da Serra lamentou, também por meio de nota, as cenas de violência e informou que “aguarda os resultados da perícia da Polícia Civil para a realização de Boletim de Ocorrência a fim de apurar eventuais prejuízos e responsabilizar os culpados”.