Nacional
Crescem assassinatos de pessoas acima de 59 anos no Brasil
Pesquisa mostra aumento de homicídios de homens negros e mulheres com mais de 59 anos entre 2020 e 2021, segundo o Atlas da Violência
O número de pessoas com mais de 59 anos vítimas de homicídio aumentou no país, principalmente entre as mulheres negras e à exceção dos homens não negros.
É o que mostra o Atlas da Violência divulgado nesta terça-feira (5), que comparam dados do Ministério da Saúde entre 2020 e 2021, os mais recentes sobre esse tipo de violência.
Segundo os pesquisadores, foi registrada uma alta nos assassinatos de pessoas com mais de 59 anos que são homens negros, mulheres negras e não negras. Apenas entre aqueles que não são negros houve uma queda no número de homicídios.
Tal aumento tem relação com a mudança do regime demográfico brasileiro, diante do crescimento acentuado da população com mais de 59 anos, segundo os pesquisadores.
O Atlas da Violência é uma parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
População vulnerável
Em maio, o aposentado Abílio Galdino dos Santos (foto em destaque), 98 anos, foi torturado e morto por dois homens dentro de casa em São José dos Campos (SP).
Segundo o boletim de ocorrência, os criminosos levaram R$ 12 mil que estavam guardados em uma mala. O idoso vivia sozinho, e os assaltantes renderam a vítima após pedirem um copo de água.
No fim de novembro, o aposentado Sebastião Silva, 65, foi morto a tiros na calçada de uma distribuidora de bebidas, em Aparecida de Goiânia (GO). No momento do crime, Sebastião estava sentado, fazendo palavras cruzadas.
Uma câmera de monitoramento flagrou o momento do crime. Segundo as investigações, a vítima foi baleada por engano durante uma discussão entre duas pessoas armadas envolvidas com tráfico de drogas.