Nacional
Saúde orienta imunização para atletas que representarão o Brasil nas Olimpíadas
Medida visa evitar reintrodução de doenças em eliminação no país e dar cobertura extra às delegações olímpica e paralímpica . Jogos começam no próximo dia 26
A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA), em diálogo com a Secretaria Nacional de Esportes de Alto Desempenho do Ministério dos Esportes (Senear) e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), publicou na sexta-feira, dia 5, uma nota técnica de recomendação de vacinação para os atletas e membros das delegações que irão participar das Olimpíadas e Paralimpíadas de Paris nos meses de julho a setembro. Dentre os imunizantes em destaque estão as vacinas tríplice viral, tetraviral, DTP, influenza e covid-19.
“Grandes eventos como as Olimpíadas aumentam o fluxo de pessoas e aglomerações, o que aumenta o risco de transmissão de doenças. Por isso a vacinação se faz importante, para reduzir a ameaça de reintrodução de doenças que estão em controle ou já eliminadas no País”, alerta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente Ethel Maciel.
As doses poderão ser administradas nos atletas e delegações técnicas olímpica e paralímpica em qualquer uma das unidades de vacinação, em todo o território nacional. Àqueles que representarão o Brasil nos jogos de Paris, mas não são contemplados nas campanhas vigentes e estratégias de vacinação, bastará apresentar aos serviços do SUS um comprovante de participação nas competições emitido pelos Comitês Olímpico ou Paralímpico Brasileiro (COB e CPB).
Fluxo de viajantes
Com o objetivo de proteger a população brasileira da reintrodução de doenças já eliminadas no país, a pasta também divulgou uma outra recomendação específica de vacinação para viajantes que irão assistir aos jogos, bem como orientações em caso de sintomas no período do evento.
Tais alertas se dão em decorrência do cenário epidemiológico mundial, com ocorrência de surtos de sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação de influenza e covid-19 em países da Europa, da América do Norte e da Ásia.
Em maio deste ano, a União Europeia divulgou Boletim Epidemiológico constando aumento da coqueluche em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos foram notificados entre 1 de janeiro e 31 de março de 2024. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos.