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Juiz Federal pode perder cargo após compra de fazendas de R$ 33 Milhões
Segundo o Ministério Público Federal, o juiz Alderico Santos teve um crescimento patrimonial de dez vezes, sem conseguir comprovar a origem do dinheiro.
O juiz federal Alderico Rocha Santos, de 58 anos, enfrenta a possibilidade de aposentadoria compulsória após uma investigação do Ministério Público Federal revelar que ele não conseguiu justificar a origem do dinheiro usado para adquirir duas fazendas no Tocantins. As propriedades, compradas em 2022, custaram R$33,5 milhões.
A procuradora Ana Paula Mantovani Siqueira solicitou a aposentadoria compulsória de Santos, alegando que ele aumentou seu patrimônio em mais de dez vezes de forma incompatível com seu salário. A procuradora apontou ainda práticas proibidas, como a gestão de empresas, e o uso impróprio de sua posição de juiz.
No pedido de aposentadoria compulsória, a procuradora destacou que o valor das fazendas supera em mais de dez vezes o patrimônio declarado por Santos em 2008, o que levanta suspeitas sobre a origem dos recursos. Ela afirmou que o juiz não apresentou documentação suficiente para comprovar a origem de seu crescimento patrimonial.
O magistrado enfrenta um processo administrativo disciplinar (PAD) aberto pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em dezembro de 2023. Atualmente, ele está afastado da função de juiz titular da 5ª Vara Federal de Goiás e atua como auxiliar na 16ª Vara Federal. Se for afastado compulsoriamente, Santos receberá aposentadoria proporcional ao tempo de serviço.
*Com informações da metropóles