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Onda de calor: temperaturas podem bater recorde e tempo seco se agrava

Dias quentes devem durar pelo menos até a próxima quinta-feira (22/8)

Por Globo Rural 17/08/2024 07h07
Onda de calor: temperaturas podem bater recorde e tempo seco se agrava
A umidade relativa do ar seguirá em níveis de alerta durante toda onda de calor - Foto: Climatempo

A nova onda de calor se estabelece de vez sobre o Brasil neste fim de semana com previsão de temperaturas elevadas até, pelo menos, a próxima quinta-feira, dia 22 de agosto.

Uma forte massa de ar seco pode ser responsável por recordes de calor. Em Cuiabá, onde a máxima histórica para agosto é de 41°C, registrada em 15 de agosto, a previsão é de 42ºC na terça-feira (20/8), segundo informações da Climatempo.

Goiânia registrou 36,8°C em 19 de março e pode alcançar 37ºC no domingo (18/8). Campo Grande, com um recorde de 36,2°C em 19 de março, também deve registrar 37ºC no domingo. Já em Teresina, os termômetros podem chegar a 38ºC na quarta-feira (21/8), acima do recorde atual de 37,4°C de 5 de fevereiro deste ano.

O meteorologista Willians Bini explica que a onda de calor dos próximos dias também será caracterizada pela manutenção da secura. Esse deve ser o padrão entre agosto e setembro, abrangendo o início da semeadura da safra 2024/25.

Os modelos de previsão do tempo indicam um mês de setembro com variação negativa de chuva em relação à média histórica para o período. "Isso pode agravar ainda mais o tempo seco".

Com isso, a qualidade do ar também é motivo de preocupação durante a onda de calor, com a umidade relativa do ar abaixo dos 20% em diversas áreas do país, principalmente em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro, e regiões entre o sul da Bahia e o oeste de Pernambuco.

Além disso, o ar seco vai intensificar novos incêndios florestais e agravar problemas respiratórios. De acordo com a Climatempo, os focos de queimadas, que já estão em alta, continuarão a se espalhar, com a fumaça chegando ao Sul do Brasil.

O meteorologista ressalta que, apesar do La Niña não estar plenamente estabelecido em setembro, o fenômeno tem a característica de atrasar o início do período úmido, e sua chegada é iminente. "É preciso ter cautela por parte dos produtores para o início do período úmido".