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Caso Deolane: Gusttavo Lima será investigado pelo MP de Goiás
O nome de Gusttavo Lima foi envolvido na operação da Polícia Civil de Pernambuco contra um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais
O Ministério Público de Goiás vai investigar a relação de Gusttavo Lima com a Esportes da Sorte, que também foi alvo da operação que terminou com a prisão de Deolane Bezerra, no início deste mês.
De acordo com a Coluna da jornalista Fábia Oliveira, em documento, o órgão pernambucano assume não poder avaliar a participação do cantor no esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Segundo o texto, o artista tem alguns relacionamentos com a investigação, seja por meio de seu avião, que foi comprado por Darwin Filho, dono da empresa Esportes da Sorte, que também está preso, ou por seu envolvimento com quantias não especificadas.
Então, a demanda foi enviada para Goiás, estado de domicílio de Gusttavo Lima e onde a empresa do cantor está sediada. Com isso, a remessa dos autos deve ser o próximo passo nessa complicada novela.
Empresa de Gusttavo Lima tem milhões bloqueados
O nome de Gusttavo Lima foi envolvido na operação da Polícia Civil de Pernambuco contra um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. E, no início deste mês, uma reportagem do Fantástico revelou que a empresa do cantor, Balada Eventos, teve o bloqueio de R$ 20 milhões decretado pela Justiça por conta dessa ação.
Após a publicação da matéria, que recordou a venda do avião da companhia do sertanejo para outra instituição investigada, Gusttavo Lima resolveu se manifestar nos stories do Instagram. Na publicação, ele classificou tudo como “injustiça e abuso de autoridade”, explicou mais uma vez a transação com a JMJ e publicou uma nota de seu advogado, Cláudio Bessas.
“Injustiça. Em 2023, a Balada Eventos efetuou a venda de uma aeronave para uma das empresas investigadas. Foi pago um valor a título de sinal em decorrência desse contrato. Essa aeronave seguiu para uma inspeção pré-compra, onde, diante do laudo que foi emitido, essa pretensa compradora desistiu da compra. Foi feito um destrato do contrato entabulado e a Balada Eventos devolveu o valor recebido a título de sinal”, começou ele.
Em seguida, Gusttavo Lima esclareceu a venda do avião: “Posteriormente, a Balada Eventos vendeu essa aeronave para a JMJ. Em 2023, o contrato foi devidamente cumprido pela empresa JMJ e a Balada Eventos emitiu o recibo de transferência dessa aeronave”, disse, antes de completar:
“Nós entendemos que a Balada Eventos foi inserida no âmbito dessa operação simplesmente por ter se transicionado comercialmente com essas empresas investigadas. Houve um excesso, sim, por parte da autoridade. Poderia ter sido emitida uma intimação para que a Balada Eventos prestasse conta desses valores recebidos dessas empresas”, afirmou.
Logo depois, garantiu que sua empresa vai se defender: “Inserir a Balada Eventos como sendu uma integrante de uma suposta organização criminosa e lavagem de dinheiro? Ae é loucura!!! Esses fatos são a mais absoluta verdade e serão levados ao conhecimento do juízo”, comentou.
E encerrou: “Se a Justiça existir nesse país, ela será feita… São 25 anos dedicados à música, todos vocês sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news eu não vou permitir… Sou honesto”, declarou.
Na nota oficial publicada pelo cantor, assinada pelo advogado, o especialista reafirmou o que o sertanejo já tinha contado: “A Balada Eventos apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas. A operação de compra e venda seguiu todas as normas legais e isso está sendo devidamente provado para a autoridade policial e Poder Judiciário”, escreveu.
E explicou: “Destacamos também que Gusttavo Lima apenas mantém contrato de uso de imagem em prol da marca Vai de bet. A Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro”, postou.