Nacional
Ministério da Saúde apresenta diretrizes para combate aos vírus respiratórios
Objetivo é reduzir a circulação de vírus respiratórios e garantir uma resposta coordenada a novas ameaças
Na 12ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada na quinta-feira (19), o Ministério da Saúde apresentou diretrizes para o enfrentamento de vírus respiratórios, como covid-19, influenza e outros patógenos relevantes para a saúde pública. O evento contou com a presença de autoridades de saúde, representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde, gestores e especialistas.
Durante o encontro, Marcelo Ferreira, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e Outros Vírus Respiratórios, destacou que o principal objetivo das diretrizes é reduzir a circulação de vírus respiratórios e garantir uma resposta coordenada a novas ameaças sanitárias. "Embora a covid-19 ainda requeira monitoramento, doenças como a influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR) continuam a ser grandes riscos, especialmente entre crianças, causando internações e mortes", afirmou.
As diretrizes propostas visam integrar ações de vigilância, prevenção, diagnóstico e manejo clínico, com foco na proteção da população. Ferreira ressaltou a necessidade de uma abordagem coordenada entre os diferentes níveis de governo e as áreas da saúde. "Estamos adotando uma abordagem mais ampla, que envolve articulação e integração, para garantir uma resposta mais eficaz", afirmou.
O coordenador também enfatizou a necessidade de fortalecer a vigilância em saúde como estratégia fundamental para monitorar e controlar a circulação de vírus respiratórios. Destacou a importância de intensificar a vigilância das síndromes gripais, com foco especial na vigilância sentinela, a fim de detectar rapidamente alterações nos padrões de circulação dos vírus.
Na área de prevenção, ressaltou a relevância de ampliar a cobertura vacinal, não apenas para a covid-19, mas também para a influenza. Esta é uma das principais metas da pasta, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, que possuem maior risco de formas graves e óbitos por essas doenças.
Ferreira abordou, ainda, o diagnóstico e o manejo clínico das doenças respiratórias, destacando a capacitação contínua dos profissionais de saúde. "A capacitação contínua é essencial para garantir um atendimento adequado e eficaz", afirmou. Além disso, enfatizou a importância de melhorar a adesão ao uso de medicamentos antivirais nas situações indicadas.
Iniciativas
A pasta tem incentivado pesquisas em áreas como imunobiológicos, terapias antivirais e tecnologias para vigilância epidemiológica. Essas iniciativas são fundamentais para enfrentar surtos futuros e detectar precocemente vírus respiratórios com potencial pandêmico, como o H5N1.
O Ministério da Saúde também pretende deixar ainda mais robusta a capacidade de resposta do Brasil a emergências de saúde pública. A atualização das diretrizes e o fortalecimento da articulação entre os diversos níveis de governo e entidades envolvidas são essenciais para uma resposta eficaz.
Outro fator fundamental é o engajamento de todos os níveis de governo e profissionais de saúde nas ações propostas, para garantir a eficácia das diretrizes e a proteção da população. "Para que as diretrizes sejam eficazes, é fundamental que todos se engajem nas ações propostas", concluiu.