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Juíza arquiva inquérito sobre Gusttavo Lima e donos da Vaidebet

ém de encerrar o caso, a juíza determinou a devolução de bens apreendidos e o fim de medidas cautelares contra o cantor e o casal Rocha

Por Vinícius Rocha* 09/01/2025 17h05 - Atualizado em 09/01/2025 17h05
Juíza arquiva inquérito sobre Gusttavo Lima e donos da Vaidebet
Gusttavo com camisa da Vai de Bet - Foto: Reprodução/Web

A juíza Andréa Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, arquivou o inquérito contra o cantor Gusttavo Lima e os donos da Vaidebet no âmbito da Operação Integration. Deflagrada pela Polícia Civil em setembro de 2024, a operação investigava suposta lavagem de dinheiro por meio de jogos de apostas esportivas e do jogo do bicho. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (9) após a magistrada acatar parecer do Ministério Público de Pernambuco.

O arquivamento foi fundamentado na ausência de elementos suficientes para apresentar denúncia contra os investigados. Além de encerrar o caso, a juíza determinou a devolução de bens apreendidos e o fim de medidas cautelares contra o cantor e o casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, proprietários da Vaidebet. A decisão também ressalva que o inquérito pode ser reaberto caso surjam novas provas, conforme o artigo 18 do Código de Processo Penal.

Inicialmente, Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa devido à venda de um avião para a Esportes da Sorte, posteriormente devolvido sob alegação de defeito e revendido ao casal Rocha. O Ministério Público, no entanto, concluiu que não há indícios mínimos para sustentar a acusação. Em parecer, a subprocuradora-geral Norma Mendonça Galvão destacou que é necessária justa causa para a deflagração de ação penal, o que não foi identificado no caso.

A Operação Integration gerou atritos entre promotores e a juíza responsável. Em dezembro, promotores acusaram Andréa Calado de abusos no processo, enquanto a magistrada criticou a atuação da Promotoria, alegando inércia em parte das investigações. A subprocuradora também destacou que as atividades financeiras da Vaidebet não se confundem com as da Esportes da Sorte, empresa investigada por possível contravenção penal.

Por meio de nota, José André da Rocha Neto e Aislla Rocha afirmaram confiar na Justiça e agradeceram pela celeridade no tratamento do caso. A defesa de Gusttavo Lima não comentou a decisão até o momento, mas já havia declarado anteriormente que todas as negociações do cantor e suas empresas foram realizadas dentro da legalidade.

*Com informações da Folha de São Paulo