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Bolsonaro mantém Bolsa Família até 2022

“Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil”

Por Agência Brasil 15/09/2020 16h04
Bolsonaro mantém Bolsa Família até 2022
Presidente Jair Bolsonaro / Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro declarou hoje (15) que descarta a criação do Renda Brasil até 2022 – programa que estava em estudo para expandir e substituir o Bolsa Família, que é pago a famílias que estão em situação de extrema pobreza e miséria.

Em junho deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a intenção do governo em criar o Renda Brasil após a pandemia do novo coronavírus. Desde então, a equipe econômica e o Palácio do Planalto têm discutido de onde canalizar recursos para o financiamento do novo programa social.

Em vídeo publicado nas suas redes sociais, o Presidente citou notícias que dizem que a intenção do governo é congelar as aposentadorias para garantir recursos para o Renda Brasil. “Eu já disse que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem por ventura vier a propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa”, disse.

De acordo com Bolsonaro, “pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado sobre este assunto”, mas que seu governo “jamais” vai congelar salários de aposentados “para qualquer coisa que seja”. E finalizou declarando que “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil, vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, destacou.

CONTRADIÇÃO

Nesta segunda-feira, em entrevista a um portal de notícias, o secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, já havia afirmado que a equipe econômica avaliava mudanças no seguro-desemprego e o congelamento de aposentadorias e pensões, para poupar recursos e conseguir viabilizar o novo programa.

Hoje, em entrevista coletiva para apresentar projeções para a economia do país, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, disse que Bolsonaro “é um parceiro na agenda de reformas pró-mercado. Nós fomos eleitos com essa pauta”. Entretanto, de acordo com Sachsida, o presidente não quer que discussões internas tornem-se públicas.