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Queda de casos após vacinação deve ser sentida em abril, diz diretor do Butantan

Caso vacinação comece em janeiro, efeitos devem ser sentidos no quarto mês do ano

Por Redação com Uol Notícias 10/01/2021 11h11
Queda de casos após vacinação deve ser sentida em abril, diz diretor do Butantan
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan | Foto: Divulgação

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou hoje que, "se a vacinação contra covid-19 no Brasil começar em janeiro, a queda no número de casos e de mortes pela doença só deve ser sentida em abril". 

"A partir de abril, começaremos a ver os efeitos da vacinação porque teremos em torno de 40 milhões de pessoas vacinadas", disse ele. "Na medida que formos vacinando, vamos ver se a pandemia diminui, se os casos diminuem ou se vai existir a imunidade de rebanho", disse ele, em evento no Centro Universitário Claretiano, em Batatais, no interior de São Paulo. 

O Instituto Butantan vai produzir no Brasil a vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Mais cedo, o Ministério da Saúde informou que fechou acordo com o Butantan para distribuir com exclusividade as vacinas contra o novo coronavírus pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para todos os estados, simultaneamente.

Pedido de uso emergencial à Anvisa

Ontem, o Butantan fez pedido de uso emergencial à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicar doses da CoronaVac —o uso emergencial é aquele que permite a aplicação de doses em grupos de risco como indígenas, profissionais da saúde e idosos.

A triagem dos documentos, primeira etapa para a liberação da vacina, foi finalizada pela Anvisa, que disse que faltam dados do Butantan. De acordo com a agência, documentos previstos não foram entregues pelo laboratório.

Essa análise feita pela Anvisa é o estágio inicial, serve para conferir, nas primeiras 24 horas, se entre os pedidos há documentos essenciais sobre eficácia e resultados clínicos.

Entre os documentos que o Butantan deixou de entregar, segundo a Anvisa, estão os dados de imunogenicidade do estudo fase 3. Ou seja, sobre a capacidade do medicamento dar resposta imune.