Nacional

Wajngarten irrita CPI ao sugerir que Renan faça perguntas a Bolsonaro

Ex-secretário de Comunicação do Planalto é o quinto a prestar depoimento

Por Redação com Valor Econômico e G1 12/05/2021 11h11
Wajngarten irrita CPI ao sugerir que Renan faça perguntas a Bolsonaro
Foto: Reprodução

O ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten causou o primeiro alvoroço em seu depoimento à CPI da Covid ao sugerir ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que encaminhasse as perguntas ao presidente Jair Bolsonaro.

"Vossa Excelência deveria perguntar isso pra ele (Bolsonaro)", disse Wajngarten, ao ser questionado sobre declarações do presidente contra as vacinas.

O comentário irritou Renan e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que repreenderam Wajngarten. "O senhor está aqui na condição de testemunha e deve responder às perguntas", disse Aziz, em seguida interpelado por senadores governistas.

Wajngarten está resistindo em responder qual o efeito das declarações de Bolsonaro sobre a comunicação do governo e a postura da população perante a vacinação. O ex-secretário tenta evitar críticas ao presidente, mas está sendo pressionado por Renan.

Segundo Wajngarten, algumas campanhas do governo contrapõem ou complementam declarações de Bolsonaro. "Tem muita gente que não escuta o presidente; Para cada público-alvo, para cada pessoa que recebe a informação, tem um impacto diferente", afirmou.

CPI da Covid

A CPI da Covid do Senado ouve nesta quarta-feira (12), como testemunha, o empresário Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do Palácio do Planalto.

Senadores querem que o empresário explique a declaração dada à revista "Veja" na qual disse que a "incompetência" do Ministério da Saúde causou atraso na compra de vacinas contra a Covid-19.

Este é o quinto dia de depoimentos da comissão parlamentar de inquérito, que apura ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid e eventual desvio de verbas federais enviadas a estados e municípios.

Até agora, já prestaram depoimento os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich; o atual ministro, Marcelo Queiroga; e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.