Economia

Seris/AL afasta policiais penais após reeducandos passarem mal

Todos serão afastados com base no artigo 193, que instituiu o regime jurídico dos servidores públicos do estado de AL

Por Agência Alagoas 14/09/2020 19h07
Seris/AL afasta policiais penais após reeducandos passarem mal
Imagem Ilustrativa; Foto: Reprodução

A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) decidiu, nesta segunda-feira (14), instituir uma comissão de sindicância e afastar cauterlamente por 60 dias, prorrogáveis por mais 60, sete policiais penais que estavam de serviço no Presídio Masculino Cyridião Durval e Silva, em Maceió, quando do episódio envolvendo cinco reeducandos que precisaram de atendimento médico após se sentirem mal.

A decisão foi tomada após análise do circuito interno de câmeras daquela unidade. O procedimento busca apurar a conduta dos servidores penitenciários durante o fato registrado no último sábado (12). Todos serão afastados com base no artigo 193 da lei 5.247/9, que instituiu o regime jurídico dos servidores públicos do estado de Alagoas.

Todos os reeducandos, que passam bem, foram prontamente atendidos por equipe da Gerência de Saúde da Seris, sendo encaminhados, por precaução, ao hospital de campanha montado no próprio sistema prisional, onde seguem sob observação. Eles serão novamente avaliados e devem retornar à unidade de origem somente quando estiverem plenamente recuperados.

Assistência ao reeducando

E a gestão prisional segue empenhada em fortalecer a política de assistência à saúde de servidores e custodiados, não havendo, até aqui, nenhum registro de óbito por Covid-19 entre os reeducandos. Ao todo, 66 presos que apresentaram sintomas e testaram positivo seguem em tratamento no hospital de campanha. Outros 65 se recuperaram da doença, havendo, ainda, 78 casos descartados.

A sanitização regular de todas as unidades prisionais reforça a prevenção. No complexo penitenciário de Maceió, reeducandos da oficina de saneantes fabricam material de limpeza revertido à higienização, graças ao reaproveitamento do óleo saturado de cozinha. Além disso, já são mais de 150 mil máscaras confeccionadas por reeducandos da oficina de corte e costura do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, desde o início da pandemia. Eles também confeccionam capotes doados a instituições como o Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira, unidade referência no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19.