Economia

Ranking: Alagoas está em 7º lugar na geração de empregos em 2020

Em dezembro, estado ficou em 3º em saldo de empregos, chegando a 1,1 mil vagas

Por Redação com Sebrae Alagoas 11/02/2021 16h04
Ranking: Alagoas está em 7º lugar na geração de empregos em 2020
Alagoas fechou ano de 2020 com 8 mil no saldo vagas (Foto: Divulgação)

Na análise do Caged do mês de dezembro, as micro e pequenas empresas aparecem como as principais responsáveis por criar vagas de emprego no Brasil. Somente no último mês do ano passado, os pequenos negócios criaram mais de 22,3 mil vagas em todo o país. Com o resultado, as MPEs fecharam 2020 com uma geração de 293,2 mil novos empregos, revertendo o saldo negativo acumulado até outubro. No mês de dezembro, Alagoas aparece em 3º lugar no ranking nacional, com o saldo de 1,1 mil. No ano, o saldo chega a 8 mil vagas, colocando o estado na 7ª posição.

Analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Alagoas, Fábio Leão, destaca que esses números só reforçam o fato de que, historicamente, os pequenos negócios são os maiores responsáveis pela criação de empregos, ocupação e renda no país. Ele ainda lista outros elementos cruciais para a geração de empregos pelas MPEs nesse período de crise.

“A flexibilidade e a agilidade dos pequenos para se adaptarem a situações adversas, juntamente com os baixos custos de implantação são os principais fatores responsáveis por esses números. Os empreendedores por necessidade são a maioria desses números, refletindo a dura realidade de demissões causadas pela pandemia”, afirma.

Segundo o Caged, no mês de dezembro, foram as MPEs do Comércio que puxaram a geração de empregos, criando cerca de 48 mil novos postos de trabalho no país e foram seguidas pelas empresas do setor de Serviços, com a geração de 16,4 mil vagas.

“O setor de Comércio teve uma resposta positiva entre os demais setores, porque está próximo da massa de trabalhadores excluídos que foram ajudados pelo auxílio emergencial. A grande maioria dos recursos transferidos para as famílias de renda mais baixa foi canalizada para o consumo de alimentos e bebidas, e outros artigos de consumo imediato. Com isso, o comércio absorveu grande parte dos recursos despejados na economia durante o ano de 2020, o que se viu refletido nos números do final do ano”, reforça Fábio Leão.

Dados de Alagoas

Ainda segundo Fábio Leão, o bom resultado de Alagoas na análise do Caged acontece, sobretudo, por ações como o Auxílio Emergencial e o Programa de Manutenção do Emprego, que efetivou mais de 165 mil contratos com empresas alagoanas, estancando a demissão de aproximadamente um terço dos 350 mil empregos formais existentes no estado no início do ano passado.

O analista do Sebrae Alagoas ainda lembra que outras contribuições como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Seguro Desemprego e o Programa Bolsa Família (PBF) também tiveram sua importância na complementação do quadro de certa tranquilidade, com geração de empregos e ampliação do consumo.

“Essas políticas públicas ajudaram o estado a passar pelo pior momento da crise do coronavírus com uma certa ‘tranquilidade’. Elas foram os principais vetores de manutenção do emprego. Além disso, podemos citar a ampliação do crédito promovido pelo Governo Federal e os bancos tradicionais. Diante disso, as empresas puderam captar recursos para novos investimentos, ampliação da produção e, consequentemente, contratação de novos trabalhadores. Por fim, a dinâmica de consumo das festas de final de ano, também ajudaram na maré favorável à economia em 2020”, pontua.

Expectativas para 2021

Para os próximos meses, Fábio Leão reitera que o Governo Federal deverá criar novas alternativas ao final dos programas de apoio à população excluída da economia e às empresas, para que não aconteça uma reversão no quadro positivo do final do ano de 2020. Ele lembra que o Governo Federal sinalizou a criação de um novo auxílio de emergência para a população, mesmo que em patamares menores que os de 2020, e que a linha de crédito do Pronampe foi prorrogada e segue disponível para a utilização.

“No entanto, para que estes mecanismos possam de fato ajudar as pequenas empresas, devem flexibilizar ainda mais as regras de captação e ampliar os prazos de pagamento. Do lado da população carente, ficamos na torcida pela criação de um programa permanente de renda mínima, de modo a garantir a sobrevivência de grande parte da população brasileira e alagoana que, antes da pandemia, era invisível para a maioria dos gestores públicos”, conclui.